O legado de Tiradentes para o Brasil
Professor relembra a história do líder da Inconfidência Mineira
Foto: Arquivo Alvorada
Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes. Hoje é o dia de lembrar o líder da Inconfidência Mineira - revolução não só do povo, mas da elite da Capitania de Minas Gerais que não mais suportava os abusos do controle imperial dos portugueses, especialmente na cobrança de impostos.
O objetivo da revolta era formar uma República, separando o estado mineiro do restante do Brasil. Para Vagner Ferrão, professor de História do Colégio Cristo Rei e da rede municipal de ensino, é justamente este o ponto principal: "foi a primeira vez que se discutiu abertamente a formação da República".
Com bases no Iluminismo, que defendia a importância do “ser humano se livrar da ignorância”, a Inconfidência Mineira foi um movimento contra a estrutura governamental que existia na época e precedeu uma série de outras revoltas.
“Esse é o legado: a gente sabe que o Brasil avançou muito, mas ainda temos muitas dificuldades. Essa capacidade da indignação não pode jamais se acabar, a capacidade da crítica e da autocrítica”, defende Ferrão.
Tiradentes ficou por muito tempo esquecido, pois após a “independência” de Portugal, o Brasil tornou-se um império, explica o professor. Apenas em 1950 é que ele foi reconhecido como mártir da Inconfidência Mineira.
Tiradentes, foi condenado à forca em 21 de abril de 1792, teve o corpo esquartejado e seus descendentes tiveram os bens confiscados. Ele é o patrono cívico do Brasil, patrono também das Polícias Militares dos Estados e herói nacional.
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