A violação de direitos e a exposição a violência são os fatores mais preocupantes quando o assunto é a população de rua de Marau. Em entrevista para a Tua Rádio Alvorada, Augusto Fassina, coordenador do Creas no município, explicou que os moradores de rua estão mais expostos a situações de frio e fome, ao uso abusivo do álcool e drogas e a violência. Segundo ele, Marau não apresentou um aumento significativo da população de rua durante a pandemia, porém, as ações cabíveis ao órgão seguem sendo tomadas, em favor destas pessoas.

Como destaca Augusto, a primeira ação é ouvir e entender as necessidades de cada um. Muitas vezes, explica ele, o morador de rua precisa de algum atendimento médico ou dentista, outras de alimento e roupas, por isso, a escuta é tão importante. Em relação ao abrigo e reintegração à sociedade, Augusto destaca que a primeira opção é o contato com a família, na busca de uma resolução de conflitos.

Na maioria dos casos a ação é bem sucedida, porém, alguns moradores preferem continuar residindo nas ruas, decisão que deve ser respeitada. A garantia dos espaços públicos aos moradores de rua é defendida por lei que não permite a retirada destas pessoas dos locais em que estão residindo. Augusto ainda destaca que essa permanência é acompanhada da oferta de serviços de saúde, tratamentos para uso de álcool e drogas, retorno à família e orientações. 

A recusa do retorno ao ambiente familiar pode acontecer por diversos motivos. Segundo Augusto, os casos que envolvem a dependência química são os mais complexos, justamente pela dificuldade de suspender o uso de drogas e álcool. Alguns moradores de rua também possuem animais de estimação que por vezes não podem acompanhar o seu dono e o morador opta por não deixar o animal abandonado.

A entrevista completa com o coordenador do Centro de Referência Especializado em Assistência Social, Augusto Fassina, está disponível no áudio da matéria. 

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