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Pesquisa realizada na UPF quer reduzir o descarte de carnes

por Rudimar Galvan

Trabalho está sendo desenvolvido no Programa de Pós-Graduação em Bioexperimentação e será concluído em maio

Testes sensoriais são realizados na UPF
Foto: Caroline Simor

Na região do planalto do Rio Grande do Sul, cerca de um milhão de frangos são abatidos por dia, nos matadouros regionais. Destes, 0,36% são considerados inadequados para o consumo humano e acabam sendo descartados. Com o objetivo de reduzir a quantidade de carnes que são direcionadas para ração animal, um estudo está sendo desenvolvido na Universidade de Passo Fundo (UPF), dentro do Programa de Pós-Graduação em Bioexperimentação (PPGBioexp).

Fruto da dissertação de Mestrado do aluno o médico veterinário Jair Rodrigues de Oliveira, o trabalho está em fase de testes físico-químicos e sensoriais. Segundo ele, que é orientado pelo professor Dr. Elci Dickel, o objetivo é comprovar que, hoje, as carnes que são descartadas para ração animal, consideradas subproduto, podem ser usadas para embutidos cozidos dentro da indústria, aumentando a oferta de alimentos no mundo.

Jair explica que dois defeitos ocorrem em cortes de peito de frango, as estrias brancas (“White Striping”) e o peito madeira (“Wooden Breast”). De acordo com ele, essas condições ocorrem em função do rápido crescimento do animal. “Estamos fazendo um experimento com esses dois defeitos fisiológicos, testando quatro diferentes proporções de cada defeito: 25%, 50%, 75% e 100% de participação em produtos cozidos, no presente estudo está sendo utilizado mortadela de frango. Os primeiros testes indicam que não há diferenças significativas nas amostras, não houve diferenciação de qualidade com relação as avaliações sensoriais. A previsão de conclusão dos testes será para maio deste ano”, ressalta.

Coordenador do Serviço de Inspeção Municipal (SIM) e Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (SISBI/POA) do município de Miraguaí, aqui no Rio Grande do Sul, o médico veterinário Jair viu na prática do dia a dia a necessidade de se refletir sobre o descarte excessivo de carnes com defeitos não patológicos e as possibilidades do seu aproveitamento para uso na alimentação humana. “A falta de alimentos é um problema mundial. A pesquisa também quer contribuir para esse debate, uma vez que amplia a utilização da carne de frango para alimentação humana”, finaliza.

 

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