Professor casquense que trabalha em Roma fala da experiência da volta às aulas na Itália
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Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal
Em meados de março deste ano, o mundo ficou perplexo vendo o impacto do novo coronavírus na Itália. O cenário de incertezas mostrava milhares de pessoas morrendo e famílias enterrando seus mortos sem poder se despedir. O governo decretou cancelamento de eventos, fechamento de espaços públicos e isolamento social. Os números começaram a cair em junho e a partir daí, de forma gradual, o ritmo de vida pode começar a ser retomado. Um destes ambientes onde as atividades foram paralisadas, foi o escolar. Reconhecido por ser um espaço de interatividade intensa, as aulas forma suspensas em março e retomadas em setembro. Tranquilo Bonamigo, casquense que mora em Roma e atua como professor de Ensino Religioso para jovens – equivalente ao Ensino Médio no Brasil, conta como a experiência foi vivenciada, quais os erros e quais os acertos da retomada das aulas.
Segundo ele, os protocolos dentro dos educandários são válidos e partem da evolução no conhecimento de como o vírus se propaga. Porém, é fundamental que as medidas de segurança sejam respeitadas em todos os demais ambientes, incluindo o transporte e o familiar. Caso contrário, acontece o que está sendo visto em muitos países, inclusive na Itália, que é o aumento no número de casos mais uma vez. Paralelamente ao alerta, Bonamigo fala que há mais otimismo para este, digamos assim, segundo enfrentamento. A experiência de março preparou os governos, explica ele.
No Brasil, as aulas presenciais também estão sendo retomadas. Alguns estados a mais tempo e outros mais recentemente, como é o caso do Rio Grande do Sul. Em Marau, as escolas particulares retomaram atividades presenciais para os jovens e para as crianças. Da mesma forma, a rede pública tem um calendário de retomada em vigor e ambas seguem o formato chamado de híbrido, que significa aulas presenciais e remotas simultaneamente. O professor, que acompanha as notícias do Brasil, do Estado e da nossa região, reforça que, em seu entendimento e experiência, é possível abrir as escolas e conduzir as aulas de maneira segura, desde que respeitados os protocolos no ambiente escolar e em todos os outros também.
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