Situações climáticas adversas (chuvas e neblina), aliadas a velocidade, imprudência e estradas em más condições de trafegabilidade, são itens perfeitos para o registro de tragédias nas rodovias. As chuvas torrenciais que atingiram a região, principalmente Guaporé, na última semana, provocaram uma série de acidentes de trânsito na ERS-129, segundo o registro do Grupamento Rodoviário da Brigada Militar de Casca. O motivo: lâminas d’água na pista de rolamento.

Pensando na preservação de vidas, os policiais rodoviários solicitaram a Defesa Civil de Guaporé, coordenada por Rafael Pissetti, que efetuasse, dentro da possibilidade, a limpeza das valetas, obstruídas por galhos, folhas e pedras. A roçada das margens da rodovia, efetuada por uma empresa terceirizada contratada pelo Departamento Autônomo de Estradas e Rodagens (DAER), fez com que os entulhos, não recolhidos devidamente, entupissem as saias do aterro. Os voluntários, com auxílio de uma retroescavadeira, estiveram atuando em pontos de maior risco de acidentalidade da ERS-129 e efetuaram a desobstrução, evitando que se formassem lençóis d’água no asfalto.

“Efetuamos uma vistoria ao longo do trecho da ERS-129 entre Guaporé e Serafina Corrêa para evitar que novos lençóis d’água se formem na pista em decorrência das valetas entupidas. Identificamos há dias, juntamente com os policiais rodoviários, que havia muita sujeira e isso estava provocando a entrada de água no asfalto. Efetuamos a limpeza em alguns pontos específicos e esperamos também, já que a nossa parte estamos fazendo, que os condutores tenham consciência e diminuam a velocidade em dias de chuva para evitar que novos acidentes ocorram na rodovia”, destacou.

Pisseti, além de coordenar o trabalho, mapeou os pontos efetuando o registro fotográfico para encaminhamento de um relatório ao DAER sobre a invasão de água na pista de rolamento, provocada geralmente pela falta de manutenção das saias do aterro.

“Temos a informação que o Daer, responsável pelo trecho da rodovia, tem poucos funcionários e há sempre uma demora para que a roçada da vegetação e a limpeza das margens sejam efetuadas. Entramos em contato e houve a garantia que nos próximos dias será feita a manutenção, evitando assim que a água invada a pista nos trechos mapeados. Em vários pontos não há saia do aterro e isso nós apontamos no documento que vamos encaminhar. Nossa intenção é prevenir novas tragédias na rodovia. A Defesa Civil de Guaporé se preocupa muito e trabalha na prevenção”, salientou.

O documento deve ser entregue ao DAER, Superintendência de Passo Fundo, nos próximos dias.