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"Palhaços devem fazer rir, não assustar"

por Camila Mendes

Artista comenta sobre o chamado “Apocalipse dos Palhaços”

Foto: Arquivo Pessoal.

“Nós estamos chateados”. As palavras são do palhaço Abacaxi, interpretado pelo artista e psicólogo marauense, Pedro Sitta. Embora o riso e a alegria sejam inerentes à figura máxima do cenário circense, há motivos para que hoje haja este descontentamento. Em entrevista para a Rádio Alvorada, o integrante do grupo “Circo enquanto tiver amor”, o marauense comenta sobre o fenômeno que tem sido chamado de "Apocalipse Dos Palhaços" que se instala pelo mundo e assusta a população nas ruas nas e através das redes sociais.

No Rio Grande do Sul, dois grupos de WhatsApp com mais de 100 palhaços já se mobilizam para discutir o assunto, e estão confeccionando uma carta de rejeição. “Ser palhaço é contribuir para o processo civilizatório da sociedade e das pessoas, assim reconstruir o convívio social, emocional e afetivo, tanto desgastado nos dias de hoje” comenta Pedro sobre a profissão que tem como objetivo de levar comédia para as pessoas e não assustar.

O marauense acredita que trata-se apenas de uma ação de marketing para lançamento dos filmes de terror no ano de 2017, nos Estados Unidos. Porém ele orienta a todas as pessoas que se sentirem intimidadas por pessoas mascaradas a irem até a delegacia. Para finalizar ele parafraseia Richard Riguetti e deixa uma mensagem às pessoas: "o palhaço é a menor distância entre duas pessoas."

Ouça a entrevista dando player no áudio ao lado.

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