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As pessoas serão diferentes no pós-pandemia?

por Ana Lúcia Jacomini

Sobre o assunto, ouvimos a opinião do psicólogo João Antunes e do Frei Jaime Bettega, sobre

Imagem Ilustrativa
Foto: Reprodução/@AnikaJesus/Arquivo Pessoal

“Eu vejo um novo começo de era, de gente fina, elegante e sincera, com habilidade para dizer mais sim do que não”. A música, originalmente gravada por Lulu Santos, é de 1982 mas, quase 40 anos depois, ainda se faz bastante atual. Isso porque o ser humano está em constante evolução e o mundo clama, desde sempre, por pessoas mais justas e solidárias. Será que a Pandemia do Coronavírus, que atinge o planeta como um todo, será o pontapé inicial desta mudança?

Há uma corrente que defende que sim, que a humanidade será diferente após a pandemia. Mas essa mudança vai acontecer para melhor ou para pior? Para tentar clarear esta dúvida, a Tua Rádio Alvorada ouviu, nesta semana, o psicólogo marauense João Antunes e o frade capuchinho, Frei Jaime Bettega. As entrevistas estão disponíveis no quadro de podcast do site da emissora. Clique aqui para acessar. Ambos acreditam que sim, que o mundo pode ser melhor. Porém, entendem que isso depende única e exclusivamente, de cada um.

Para João Antunes, é necessário ser realista e entender que ninguém muda da noite para o dia. O profissional explica que toda mudança exige dedicação e, muitas vezes, renúncias. Ponderado, o psicólogo destaca que o dilema do ser humano está no saber dosar as boas e as más atitudes, não cabendo aqui o julgamento e sim o entendimento da condição psíquica de cada um. “Me parece que muitos vão voltar do isolamento com voracidade e muitos com uma atitude mais solidária”, acredita ele.

Pelo lado mais teológico da reflexão, Frei Jaime Bettega fala da importância de pensar o presente. “Se tem um tempo em que precisamos nos cuidar, é no hoje”. A partir daí, segundo ele, é possível acreditar que os valores humanos - muitos deles adormecidos, sob seu ponto de vista - irão despertar e estarão mais presentes no cotidiano no pós-pandemia. “Se vivemos um momento em que nem os recursos financeiros podem nos ajudar, chegamos no ponto crucial que é a fragilidade humana, então, o maior ganho será estar vivo. Acredito muito na lição da solidariedade”, explica ele.

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