O curso de Nutrição da Universidade de Passo Fundo (UPF) deu início a um projeto de pesquisa para avaliar o estado nutricional e o consumo alimentar de crianças matriculadas em escolas da rede municipal de ensino dos municípios de Passo Fundo e Marau. Ao todo, serão, aproximadamente, dois mil estudantes de até 10 anos de idade avaliados. A iniciativa também inclui atividades de educação nutricional envolvendo a comunidade escolar.

O trabalho é desenvolvido por professores e acadêmicos em duas escolas de ensino fundamental da cidade de Marau, além dos educandários passofundenses. A coordenadora do curso, professora Valéria Hartmann, que é de Marau, explica que as escolas foram selecionadas por já terem vínculo com a instituição de ensino superior, por meio de atividades de extensão.

“Desde 2012 atuamos em algumas escolas de Passo Fundo, então decidimos escolher um público e fazer esse monitoramento para sabermos qual o impacto dessas ações. Daqui um tempo vamos ter o resultado. Em Marau também temos parceria envolvendo a alimentação escolar e eles demonstraram interesse no projeto. Vamos realizar as mesmas atividades nas duas cidades”, afirma.

Com duração de cinco anos, a pesquisa consiste em fazer a avaliação nutricional, em cada início de ano letivo, identificando peso e altura dos estudantes, além do preenchimento de um questionário. “Feito esse trabalho vamos ter um diagnóstico tanto do estado nutricional quanto do consumo alimentar. Para isso, usamos os marcadores do Ministério da Saúde que são os mesmos utilizados nas unidades de saúde e já é um parâmetro bem conhecido”, comenta a professora.

A iniciativa é realizada em parceria com as secretarias municipais de Educação de Passo Fundo e Marau. Além de atender uma demanda da comunidade, o trabalho desenvolvido pelo curso beneficiará os acadêmicos, que serão inseridos no cenário de prática desde os níveis iniciais. “A ação é uma forma de incluir na grade curricular atividades de pesquisa e extensão, colocando o acadêmico no cenário de prática, o que resulta em um melhor conhecimento sobre a alimentação das crianças”, salienta Valéria.