"O rádio nos faz lembrar da importância de ouvir uns aos outros novamente"
Afirmação é de Tim Francis, especialista de programa da UNESCO para o Desenvolvimento Midiático e a Sociedade
Nesta segunda-feira, 13/02, é comemorado o Dia Mundial do Rádio. A data foi proclamada pela Assembleia Geral da UNESCO em 2011. Neste ano, o tema da reflexão é “o rádio e você”, um chamado por maior participação das audiências e comunidades nas políticas e planejamento da radiodifusão. Para o Frei João Carlos Romanini, o poder de mobilização do rádio é que é reconhecido pela Organização das Nações Unidas. “Como veículo de comunicação, o mais importante do rádio é a simultaneidade entre fato e audiência”, enfatiza o supervisor de conteúdo da RedeSul de Rádio, da qual a Tua Rádio Alvorada faz parte.
Levantamento divulgado pela Abert- Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão, aponta que mais de 80% dos brasileiros consome conteúdo pelo rádio, seja notícias, músicas ou esporte. Grande parte ainda usa o aparelho de rádio, embora a sintonia via internet esteja em franca expansão, segundo Romanini. Para o frade capuchinho, que também ocupa o cargo de diretor Signis Brasil - associação católica de comunicação, quando surgiu a internet o rádio já era móbile e por isso, hoje, fazem uma união que apresenta resultados, por exemplo, os sites e os aplicativos das emissoras.
Como comemoração ao Dia Mundial do Rádio, a Rádio Alvorada de Marau confirma para os próximos meses, a sua migração para o espectro FM – Frequência Modulada, com o intuito de ofercer um áudio mais limpo para seus ouvintes, considerando todas as interferências de redes elétricas e eletrônicas que o AM sofre, nos dias de hoje. De acordo com Romanini, o rádio sempre se adaptou às realidades impostas pela modernidade. "A gente acredita que ainda no primeiro semestre se tenha uma novidade e se possa oferecer o sinal, com a limpeza e a nitidez do áudio da emissora", explica ele.
Segundo Cláudio Lorini, engenheiro responsável pelas emissoras de rádio dos Freis Capuchinhos, na prática, o que muda com a migração, é a qualidade e o poder de alcance do áudio. Ele explica que apesar das ondas AM apresentarem alcance, sofrem a interferência causada por fatores inerentes à rotina das pessoas, que hoje é caracterizada, sobretudo, pelo uso de grande quantidade de equipamentos tecnológicos. A qualidade e a clareza do áudio da faixa FM, portanto, será superior.
Ouça a entrevista do Frei João Carlos Romanini no player de áudio.
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