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A palavra de ordem é solidariedade, diz doutor em Direito Internacional, sobre a crise migatória

por Ana Lúcia Jacomini

Fernando Lusa Bordin - filho do vice-prefeito de Marau, esteve na Rádio Alvorada nesta quarta-feira

O Doutor em Direito Internacional, Fernando Lusa Bordin - filho do vice-prefeito de Marau, Dr. Odolir Bordin, que permanece na cidade até o final de semana, esteve na Rádio Alvorada nesta quarta-feira, 09/09.

Ele contou o como se interessou pelo Direito Internacional e sobre suas experiências na graduação em Porto Alegre e na Alemanha, no mestrado nos Estados Unidos e no doutorado na Inglaterra. Atualmente ele atua na Universidade de Cambridge.

Entre as atividades no Brasil, Fernando fará uma palestra para os acadêmicos de Direito, na Universidade de Passo Fundo, na noite desta quarta-feira.

MARAU

“É uma cidade mais interessante, agora”, diz Fernando, que estudou no Colégio Gabriel Taborin até o Ensino Médio, realizado na Universidade de Passo Fundo. Ele saiu da cidade em 2002. Antes de optar por seguir a carreira acadêmica, ele atuou na Corte Internacional de Justiça, na Holanda, com um juiz brasileiro. “Em cada país que estive, recebi uma lente diferente, para observar o mesmo fenômeno”, descreve Fernando, que vem ao Brasil pelo menos duas vezes ao ano. Ele divide seu tempo entre os familiares e amigos de Marau e de Porto Alegre.

BRASIL

A percepção do Brasil a partir do exterior, especialmente dos países de primeiro mundo, segundo Fernando, é muito mais positiva do que a percepção de quem vive aqui. “As pessoas enxergam o Brasil como um país de futuro, de promessa, mesmo nesse período tão negativo, de frustração gigante. A percepção que cabe, no meu ponto de vista, é o meio desses dois extremos”.  A recessão da economia brasileira é assunto da mídia europeia, revela Fernando. Porém, segundo ele, a imprensa era mais interessada no governo Lula já que presidente Dilma, não está conseguindo o carisma da imprensa mundial.

REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL

Pedindo desculpas pela franqueza, Fernando descreveu o projeto de redução da maioridade penal como “uma grande bobagem”. A punição por si só, não resolve o problema da criminalidade, opina ele, baseado em estudos criminológicos. É mais produtivo e efetivo, o investimento, por exemplo, em educação e nas próprias polícias, para que coíbam a violência.  “Me assusta o apoio popular à ideias que não realizam de fato, os objetivos a que foram propostas. Cabe a todo mundo se informar sobre o que funciona e o que não funciona, antes de tomar uma posição”.

CRISE MIGRATÓRIA

É uma questão complicada que envolve questões de identidade, de diferenças e de solidariedade, conforme Fernando. Os países europeus, movidos pela opinião pública, estão revendo questões de fechamento de fronteiras, revela o advogado, que defende haver espaço na Europa, especialmente para o mercado de trabalho. Fernando descreve que é preciso um programa específico para receber os migrantes, de forma cuidadosa, para que essas pessoas não fiquem à margem da sociedade e, sim, que contribuam para essa mesma sociedade. Fernando questiona se vale a pena viver em um mundo que fecha os olhos para quem só quer um lugar para recomeçar: “a Europa deve muito ao mundo, tem uma dívida a saldar por ter crescido e se desenvolvido com os recursos do mundo. Talvez haja aqui, algo a se dizer em favor da solidariedade.”

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