O poder público de Marau realizou uma nova ação frente a situação dos moradores de rua que vem causando certa inquietação e sensibilização à comunidade marauense. Trata-se de quatro cidadãos que estão “acampados” em frente ao espaço conhecido como Recanto Franciscano (entre a igreja Cristo Rei e Salão Paroquial), sendo um deles de Marau, um de Vila Maria, um de Carazinho e uma indígena de Charruas.

Ao longo dos últimos meses inúmeras abordagens foram realizadas por profissionais das equipes de saúde e assistência social, bem como dos órgãos de segurança pública, porém, sem êxito, pois os mesmos se recusam a aderir as intervenções propostas.

Na manhã de quinta-feira, em uma nova tentativa, estiveram no local para conversar com os cidadãos a Secretaria de Desenvolvimento Social, Secretaria de Saúde, Secretaria de Habitação, CREAS e Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo, e com apoio da Brigada Militar.

Os moradores de rua solicitam uma casa onde os quatro possam morar juntos, porém, os representantes do poder público alertam que Marau não dispõe de abrigo/albergue, porém, dispõem de meios para conduzi-los às suas cidades de origem onde os familiares já foram contatados.

A Secretaria de Habitação informou sobre os critérios para acessar os programas habitacionais, sendo em especial, três anos de residência em Marau e prioritariamente para famílias com crianças, idosos e pessoas com deficiência. A Secretaria de Saúde colocou à disposição tratamento para dependência de álcool e outras drogas e a Secretaria de Desenvolvimento Econômico informou sobre as vagas de trabalho disponíveis na cidade.

Frente a resistência encontrada no local, o poder público tomará as seguintes medidas de proteção: Contato com a FUNAI para buscar a indígena, internação compulsória de tratamento para o marauense e relatório da situação ao Ministério Público para conhecimento e possível intervenção judicial de retorno aos municípios de origem.

É importante lembrar que a solidariedade da comunidade nesse momento é mais importante através da fala (orientações e incentivos) do que as doações de alimentação, agasalho e dinheiro que a comunidade tem feito, pois acaba mantendo a situação atual. Informações são da Prefeitura Municipal de Marau.