Ministério da Justiça estende ação da Força Nacional no Território Indígena da Guarita
Área de conflito entre diferentes grupos de caingangues e guaranis faz vítimas fatais desde os anos 80
O ministro da Justiça, Flávio Dino anunciou, nesta quinta-feira, 05/01, a extensão do uso da Força Nacional no Território Indígena da Guarita, no noroeste do Rio Grande do Sul, e em outra zona de conflito dos povos originários no Amazonas. A ação foi autorizada, no estado, até 12 de março. A reserva gaúcha é formada por 23 mil hectares onde cerca de oito mil caingangues vivem, além de algumas centenas de guaranis.
O território fica entre os municípios de Redentora, Erval Seco e Tenente Portela, próximo à fronteira com a Argentina, e é palco de disputas entre grupos rivais. "Estamos prorrogando até 12 de março o emprego da Força Nacional nas atividades e nos serviços imprescindíveis à preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio", afirmou Dino, através de uma rede social.
A Força Nacional atua no caso Guarita desde 2021. Em agosto daquele ano, uma menina caingangue de 14 anos foi estuprada, morta, e teve o corpo mutilado em uma região próxima a Redentora. Em 2019, o cacique da região sofreu uma tentativa de homicídio. O Ministério Público Federal e a Fundação Nacional do Índio (Funai) monitoram os conflitos e pediram intervenção federal pela primeira vez ainda naquele ano.
Rádio Gaúcha
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