Protestos marcam greve contra reformas do governo federal
O governo federal argumenta que as reformas são necessárias para o ajuste fiscal das contas públicas, retomada do crescimento da economia e geração de empregos
A sexta-feira, 30, de greve geral, convocada por centrais sindicais e movimentos sociais, foi marcada por manifestações em várias cidades brasileiras.
Os protestos contra as reformas trabalhista e da Previdência foram registrados em capitais como Porto Alegre, Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília, entre outras.
Na capital gaúcha, a mobilização começou de madrugada. O transporte coletivo chegou a ter a circulação suspensa, mas a restrição durou por apenas algumas horas. As manifestações tiveram continuidade com caminhadas por Porto Alegre e atos no Centro.
A Associação dos Transportadores de Passageiros de Porto Alegre (ATP) registrou que ao menos 13 ônibus foram apedrejados.
Na capital federal, o transporte público parou. Ônibus e metrô não funcionaram mesmo com decisão da justiça de manter 30% da frota em circulação.
Os bancos também não abriram as portas nesta sexta-feira, 30.
O trânsito foi interditado na Esplanada dos Ministérios.
Policiais militares montaram cordões de revista nos acessos de pedestres à área. Cerca de 3 mil homens reforçaram a segurança durante todo o dia de manifestação.
Em São Paulo, os protestos se concentraram na Avenida Paulista, mas também ocorreram no Aeroporto de Congonhas. O movimento de embarque e desembarque seguiu normalmente.
Pela manhã houve bloqueio de vias como Avenida Washington Luís e de pontos da Rodovia Régis Bittencourt.
Segundo a Central Única dos Trabalhadores, bancários, professores, petroleiros e profissionais da saúde participaram da greve.
No Rio de Janeiro, a cidade ficou em estágio de atenção devido a retenções e bloqueios no trânsito.
Os principais pontos de mobilização foram na região central, em frente ao Palácio Guanabara, sede do governo estadual e também na Avenida Brasil, que chegou a ser interditada pela manhã.
As agências bancárias da Caixa Econômica e do Banco do Brasil ficaram fechadas.
Em Aracaju, Sergipe, 40 categorias aderiram à greve geral, segundo centrais sindicais. Os mercados municipais não abriram.
De acordo com a Polícia Militar, três pessoas foram detidas quando se preparavam para fechar a ponte que liga Aracaju à cidade de Nossa Senhora do Socorro, na região metropolitana.
Em Pernambuco, apesar de não aderirem oficialmente à greve geral, os rodoviários realizaram uma manifestação no centro do Recife. Já os metroviários paralisaram as atividades.
Em Curitiba, os petroleiros aderiram parcialmente à greve.
Já os bancários, vigilantes e profissionais da educação cruzaram os braços.
O Hospital de Clínicas, ligado à Universidade Federal do Paraná, ficou fechado.
Em Belo Horizonte, os professores e os metroviários aderiram ao movimento de paralisação. Manifestantes fizeram atos no centro da cidade, e chegaram a interditar algumas vias.
Em Boa Vista, foi decretado ponto facultativo pelo governo do Acre por causa do feriado municipal de São Pedro, que foi nesta quinta-feira (29). Com isso, os serviços públicos não foram afetados pela greve.
O governo federal argumenta que as reformas são necessárias para o ajuste fiscal das contas públicas, retomada do crescimento da economia e geração de empregos.
Com informações da Agência Brasil.
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