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“Do sonho ao pesadelo”

por Camila Agostini

Da condição de guerreiros, jogadores da Chapecoense, mortos em acidente aéreo, viraram heróis

Foto: Márcio Frozza/tuaradio

Um dos acontecimentos mais tristes da história do futebol desencadeou comoção pelo mundo todo. A aeronave que transportava a delegação da Chapecoense, com jogadores, comissão técnica, dirigentes e jornalistas, decolou com 77 passageiros. Destes, 71 morreram após a queda do avião, na Colômbia. E nesta quarta-feira, 30/11, a emoção prevalece entre os torcedores do time, familiares das vítimas e todos que se unem em orações e em conexão com a Arena Condá, estádio da Chapecoense.

No entorno do estádio, as pessoas se aglomeram em vigília. Na noite de terça-feira, pelo menos 5 mil participaram de celebração religiosa e vestindo as cores do time, seguiram até a Arena Condá para mais um momento de homenagens. O relato da situação em Chapecó ocorre através do repórter Márcio Frozza, que abastece as redações das emissoras da RedeSul, direto da cidade onde o clima é de “perplexidade” - ouça no player de áudio, o relato do repórter.   

A delegação da Chapecoense viajava a Medellín, onde a equipe disputaria a final da Copa Sulamericana, contra o Atlético Nacional. A partida aconteceria nesta quarta-feira, 30/11, às 21h45. Nesta data e no horário em que o jogo seria disputado, no Estádio Atanasio Girardot, na Colômbia, e na Arena Condá, em Chapecó, todos estarão conectados por sentimentos tão uníssonos quanto a força da Chapecoense que vivia um momento histórico, a um passo de conquistar seu primeiro título internacional. Também na Arena Condá será realizado um velório coletivo das vítimas, tão logo os corpos desembarquem no município catarinense de aproximadamente 200 mil habitantes, todos eles inconsoláveis. No entorno do estádio, pessoas realizam vigília, montam barracas, deixam flores, velas e timbram suas homenagens das mais diferentes formas. Os familiares insistem em permanecer no local e os torcedores compartilham de uma mesma missão: fazer o mundo entender que seus guerreiros viraram heróis.

De acordo com o repórter Márcio Frozza, em conversa com diligentes da CBF, a previsão é de que os corpos cheguem na sexta-feira, 02/12, ou no sábado, 03/12. A CBF enviou seus médicos e também os médicos da Chapecoense para identificar os corpos e tentar agilizar o processo de translado até o Brasil.  A operação de busca e resgate dos passageiros do avião que caiu na localidade de Cerro El Gordo, a cerca de 36 quilômetros do Aeroporto Internacional José Maria Córdova, foi encerrada por volta das 18h, no horário de Brasília. A Unidade Nacional para a Gestão de Risco e Desastre (UNGRD) confirmou que foram resgatadas seis pessoas feridas e 71 mortas.

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