Sancionado no último dia 21 de julho, o novo decreto de armas para os CAC’S – Colecionadores, Atiradores desportivos e Caçadores - no Brasil vêm dando o que falar pela limitação de acesso ao armamento e munições. As novas determinações também modificam o órgão fiscalizador, passando de ser o Exército brasileiro para a Polícia Federal, a missão de organizar e verificar as irregularidades referentes ao porte de arma.  

Para saber o que muda na prática para os CAC’S, nossa reportagem conversou com Gilberto Pavlak - o Dinho – que tem porte de arma desde 1999 e é atirador esportivo do Clube de Caça e Pesca de Marau, o CCPM.  Ele acredita que o atual decreto limitando o acesso a armas e munições dificulta muito a continuidade da prática esportiva. “Com as normas colocadas agora o atirador nem tem como seguir atirando. Hoje temos 10 etapas do gaúcho e brasileiro. Teríamos munição liberada para participar de seis (observando a quantidade liberada). Estaríamos barrados de atirar nas demais. Temos que escolher quais participar. Para os atiradores no geral ficou péssimo (o decreto). Hoje são liberadas 600 munições por arma ao ano. Em uma prova se o competidor se inscrever em três categorias, por exemplo, ele dá em torno 400 tiros. Como ele vai participar de mais etapas no ano?”, lamenta o atirador esportivo.

Dinho também observou uma diminuição de atiradores nas últimas etapas. “Na última etapa que realizamos em Marau chegamos a ter 302 atletas. Agora na última etapa que faz 15 dias que teve na cidade de Santa Maria, deu 230 atletas. Isso já mostra que são 70 a menos competidores no campeonato. Por tudo que tá acontecendo pessoal vai parando aos poucos”, finaliza. Em Marau, conforme Dinho, são mais de 500 pessoas registradas como CAC’S

Saiba mais sobre o assunto e o descontentamento dos CAC’S ouvindo a entrevista completa. Para isso acesse o player de áudio, localizado acima da foto.