“Para mim, o pior ainda está por vir”
As palavras são do goleiro Marcelo Boeck que não embarcou com a delegação da Chapecoense
Quatro pessoas que estavam na lista oficial de passageiros do voo que caiu na Colômbia enquanto transportava a delegação da Chapecoense não embarcaram no avião. Não embarcaram, o prefeito de Chapecó, Luciano Buligon; o presidente do Conselho Deliberativo da Chapecoense, Plínio David de Nes Filho; o presidente da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), Gelson Merisio (PSD); e o jornalista da rádio Super Condá, de Chapecó, Ivan Carlos Agnoletto.
Além desses, também poderiam estar na aeronave, sete jogadores que, por diferentes motivos, foram cortados da equipe. É o caso do goleiro Marcelo Boeck. Em entrevista ao repórter Márcio Frozza, da Tua Rádio Alvorada/RedeSul, o atleta disse entender que o pior ainda está por vir. O goleiro se refere à chegada dos corpos dos colegas que morreram na queda do avião em Chapecó – ouça no player de áudio. Na Arena Condá, um velório coletivo deve acontecer tão logo as vítimas sejam transladadas até Santa Catarina.
“É difícil. Nós éramos um grupo dentro e fora de campo. E é complicado falar alguma coisa para os familiares, as pessoas que ficaram, porque, nessa hora, a gente perde o foco em qualquer outra coisa e dá valor ao que é essencial que é a vida. Agora, os que se achavam injustiçados, magoados por não terem sido convocados, recebem a segunda chance deetsar vivo e poder dar o consolo, o amparo que as famílias precisam e poder dar continuidade ao trabalho que a Chapecoense estava fazendo”, diz o goleiro, emocionado.
A equipe do Chapecoense viajava para Medellín, onde disputaria a primeira final da Copa Sul-Americana, contra o Atlético Nacional. O segundo jogo seria em Curitiba.
Comentários