A Grécia é membro integrante da União Européia, em que o Brasil é um dos principais exportadores, para este bloco, através de produtos manufaturados como máquinas, equipamentos agrícolas, aparelhos de elevação, bombas de ar, tubos e acessorios de máquinas e ferros, em especial outras manufaturas aqui produzidos no município como o couro, e alimentos.

Nessa relação externa pode ser prejudicial para o Brasil que tenta recuperar as exportações e importações e estimula uma pressão sobre o cambio, com a desvalorização do real frente ao dólar ou o euro, sendo obrigatório o aumento dos juros de seus títulos públicos para atrair os investidores estrangeiros, porque o mercado, em um ambiente de incerteza, pode ficar mais desconfiado em relação a países emergentes como o Brasil e isso compromete a tarifa de suas moedas.

Como desvalorização do real em relação à moeda estranjeira que está ocorrendo nos dias atuais, permanece na casa dos US$ 3,40 o dolar, o euro, 3,72 , pode pressionar a inflação e com a moeda estrangeira mais cara, a população tende a consumir mais por aqui e deixam de comprar no exterior, elevando os preços no Brasil.

Em termos locais, no que se refere à queda nas exportações a alta do dólar apresenta vários cenários, um deles, é que as exportações podem ser afetadas de forma cuidadosa, sendo que a alta do dólar favorece os exportadores locais, valorizando suas mercadorias no cenário externo, o país bem como o município também pode ser prejudicado se as empresas do município possuem parceiros comerciais na Europa e estes forem afetados pela crise, em um momento que o Brasil em termos gerais precisa exportar mais mercadorias.

Conforme dados do MDIC - O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior - atualmente em Marau existem seis empresas que exportam para 30 países, atividades estas direcionadas na indústria de transformação manufaturados e semimanufaturados. No primeiro semestre de 2015, houve queda de 5,80% nas exportações totais alcançando os US$ 35. 278 dólares. Para a União Europeia, houve um acréscimo de 23,73% de exportação no primeiro semestre de 2015, em comparação com o mesmo período do ano passado, neste bloco economico.

Em relação com as importações, Marau importa de 27 países e apresentou um acréscimo de 20,12% nas importações totais, o que equivalente a US$ 15. 939. No primeiro semestre de 2015 o município importou 12,24%, da produção dos países da União Europeia, uma redução de 52,69% em relação ao mesmo período de 2014. Dentre os principais produtos destacam-se máquinas e equipamentos utilizados na fabricação de alimentos, bebidas, máquinas para curtimento de couro, movimentação de carga e descarga, máquinas para acabamentos do setor industrial, peças e acessórios de equipamentos de transporte, combustíveis e lubrificantes. Mesmo diante desse cenário inverso, ocorreu um saldo positivo na balança comercial municipal atingiu em 2014 US$ 19.338.899,00.

Esse saldo positivo da balança comercial municipal tem importância significativa na formação do Produto Interno Bruto do município, ou seja, quando o mercado interno não é suficiente para absorver o volume da produção de uma determinada mercadoria, o recurso é comercializar o excedente produtivo com outros países. Da mesma forma, as exportações do município indicam o perfil da indústria local em ser o motor da economia Marauense, sendo esta responsável por 56,23% do valor adicionado bruto (FEE, 2015).

De fato, pode-se constatar que o cenário externo até o momento não atingiu a economia local, sendo que a recessão de emprego nos setores da indústria de transformação e no comércio é oriunda da fragilidade da economia nacional devido à estabilização das atividades produtivas, excesso de consumo, redução da formação da poupança das famílias, interferindo na retração nos setores de atividade economica, o que na economia é caracterizado como efeito dominó.

Texto: Rodrigo Ferneda - Mestrando em Administração