O crédito rural como promotor do desenvolvimento agrícola
Este foi o tema do comentário de Rodrigo Ferneda nesta semana
Foto: celuloseonline.com.br
Mesmo diante da recessão que afeta o país, os custos para a safra aumentaram devido à elevação da Selic e as taxas de cambio que interferem nos preços dos fertilizantes e defensivos agrícolas.
A lógica para o desenvolvimento rural é proveniente para que o produtor tenha a renda de sua atividade, e também que o consumidor tenha condição financeira de comprar o produto, é nesse quesito entre em jogo o custo de produção, quanto menor o custo, maior a margem de lucro para o produtor. Outro fator que interfere nos preços é instabilidade do dólar, em que no momento da compra de insumos a moeda americana pode estar com a cotação elevada e no momento de vender do produto final a moeda americana pode apresentar cotação desvalorizada.
Para que a instabilidade econômica não interfira em todos os setores produtivos, o Brasil necessita investir no que gera retorno rápido o que garante o superávit comercial, o que justifica a intervenção de políticas públicas para a concessão de crédito rural, com o objetivo de garantir a produção de alimentos, renda e estabilidade dos preços aos consumidores, como também, ajustar a oferta que pode afetar os preços, estabilizando assim o mercado. O crédito rural torna-se importante fomentador do desenvolvimento rural, por meio de financiamentos de custeio, investimento ou comercialização.
Nos 50 anos de crédito rural, conforme dados do Banco Central no município de Marau-RS em 2014 foi liberado um total de 1.261 contratos para custeio totalizando um valor de R$ 48. 045.322,23. Para a linha de crédito de investimento foram concedidos 424 contratos num montante de R$ 32. 098.521,31. E para o crédito de comercialização totalizou um volume de 30 contratos num total de R$ 10.165.010, 98, num consolidado foram estimados 1.715 contratos e num valor R$ 90.308.854,52.
Nesse sentido convém destacar que o crédito é um pilar fundamental para o crescimento da agricultura, pois utiliza o recurso que investe em tecnologia, o que mantém os agricultores mais competitivos devido ao aumento da produção. Isso resulta em empregos, riquezas, alimentos, o que torna o diferencial na cadeia produtiva, características como estas, que proporcionaram o crescimento da agricultura no município, no Estado, no País.
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