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Assassinatos no campo atingem maior número desde 2003

por Ronaldo Velho Bueno

Relatório divulgado pela Comissão Pastoral da Terra (CPT) revela aumento de 15% nas mortes de sem-terra, indígenas e quilombolas em 2017

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

A Comissão Pastoral da Terra (CPT) divulgou, na última semana, estatísticas dos assassinatos em conflitos no campo de 2017. De acordo com o relatório, foram registradas 70 mortes de trabalhadores sem-terra, indígenas, quilombolas, posseiros, pescadores e assentados. O número representa um aumento de 15% na comparação com 2016.

Conforme a Comissão Pastoral da Terra, o estado do Pará lidera o ranking de 2017, com 21 pessoas assassinadas (sendo 10 no Massacre de Pau D’Arco); seguido pelo estado de Rondônia, com 17, e pela Bahia, com 10 assassinatos. Em entrevista ao programa Conectado desta segunda-feira (23), a integrante da coordenação nacional da CPT, Jeane Bellini, destacou que 28 mortes (40% do total) foram registradas em massacres.

Conforme Jeane, a impunidade é um dos fatores que mais prejudicam o combate à violência no campo. Entre os anos de 1985 e 2017, a CPT registrou 1.438 casos de conflitos no campo em que ocorreram assassinatos, com 1.904 vítimas. Desse total de casos, apenas 113 foram julgados, o que corresponde a 8% dos casos.

Clique aqui para ouvir a entrevista completa.

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