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A realidade do desemprego no município de Marau

por Guilherme de Abreu

Comentário de Rodrigo Ferneda, mestrando em administração

Foto: Divulgação

A redução dos níveis de atividade econômica e as incertezas em relação ao comportamento do mercado foram fatores que contribuíram para a redução dos investimentos por parte de empresas e redução do consumo por parte das famílias em 2015. Essa realidade vem sido apontadas por situações em que a crise econômica aliada a crise política, fizeram o crescimento do país desacelerar, o que vem causando instabilidade e uma série de ajustes fiscais necessários para a retomada.

Nesse sentido, o setor empresarial tem adotado medidas severas para manter-se competitivo, reduzindo custos, investindo em pesquisa para novos produtos, formação da fatia de clientes, o que de certa forma, e outras técnicas de acordo com a realidade de cada atividade. A busca por novas oportunidades são identificadas como preparo e capacidade de absorção tanto das empresas como para a população que deseja prosperar, bem como por outro lado, muitas empresas encerraram suas atividades e o número de desempregados tem sido fonte preocupante ao longo de 2015 e início de 2016, tanto em nível de Brasil, de Estado e municípios.

Conforme dados do Ministério do Trabalho, no município de Marau de janeiro a novembro de 2015 totalizou com (-691) desligamentos formais, um aumento 21,56% em relação ao ano de 2014. Os setores que mais ocorreram ajustes foram à indústria de transformação com (-618) desligamentos, que impactou diretamente no setor do comércio (-71), serviços (-29), administração pública (-3). Isso representa em torno de 5% de desligamentos do total dos empregos formais. Enquanto na série histórica, de 2002 até 2013 sempre se manteve saldo positivo, ou seja, existiam mais ofertas do que demanda de emprego. Por mais que ocorra realocação entre setores, existem realidades em que falta qualificação da mão de obra, perfil inadequado as vagas, ocorre o distanciamento do emprego formal gerando atividades informais, aumentando de certa forma desigualdades entre as camadas populacionais e inadimplência, por exemplo, e que também interfere em aspectos negativos na vida pessoal e familiar.

A questão do desemprego torna-se um assunto complexo em ser debatido devido às causas e consequências que geram para a economia e para a sociedade. O que essa nova realidade proporciona deve-se ao fato de que mais uma vez existem momentos de prosperidade e que os momentos de crise surgem para balizar os efeitos que necessitam de ajustes. Também se faz necessário utilizar as ofertas de emprego disponíveis na cidade e região para honrar as necessidades básicas e não depender apenas de medidas governamentais.  Frente a essas características, espera-se uma nova realidade a partir dos ajustes fiscais que serão fundamentais para a inserção da população ativa no mercado de trabalho, seja por meio de parcerias público-privado, seja por meio de qualquer outra política pública, ou bem como o espírito empreendedor diante de uma necessidade destes desempregados, bem como do mercado local e regional.

Comentário de Rodrigo Ferneda, mestrando em administração

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