Em todo o estado, alunos e familiares protagonizam movimentação inédita e já chega a, aproximadamente, 150 o número de escolas ocupadas no Rio Grande do Sul. A mobilização ocorre nas instituições da rede pública estadual. Alunos pedem melhoria para a Educação no estado. As ocupações iniciaram há cerca de duas semanas, quando parte do magistério estadual paralisou os trabalhos. A categoria quer aumento imediato de 13%, referente a 2015, e o pagamento do piso nacional. Nas escolas ocupadas, os alunos se manifestam favoráveis  a paralisação dos professores.

No início da madrugada desta terça-feira, 24/05, o movimento se instalou em Marau. Alunos ocupam o Instituto Santo Tomás de Aquino – IESTA. Uma corrente com cadeado chaveado foi alçada no portão de acesso à escola. De acordo com Kênia Censi, vice-presidente do Diretório Central de Acadêmicos – DCE da UPF, que apóia o movimento de ocupação em Marau, trata-se de uma manifestação legítima, amparada juridicamente. Ela afirma que o pequeno grupo de 11 pessoas que ocupa a escola enfrentou resistência por parte da direção da instituição, mas manteve o propósito, reforçado em pauta de reivindicações.  “Quem quiser aderir ao movimento está convidado. Serão realizadas atividades, como aulas públicas e limpeza da escola. Não é baderna! É aula de cidadania!”, ressalta Kênia.

No início da manhã desta terça-feira, 24/05, a reportagem da Rádio Alvorada esteve na escola. No lado de fora dos portões, cerca de 500 alunos, professores e representantes da direção aguardavam para entrar na escola ocupada. Segundo a diretora Cláudia Confortin, o ofício encaminhado pelos alunos, comunicando a ocupação, deve ser lavado para conhecimento da 7ª Coordenadoria e as providências cabíveis devem ser tomadas para que os alunos voltem a ter aula normalmente.  

Conforme ressalta a presidente do movimento no IESTA, Suelen Macedo, os alunos realizam uma ocupação pacífica e sem nenhum dano ao patrimônio. A pauta de reivindicações, segundo Suelen, inclui itens como o fim do sucateamento nas escolas públicas, política para que todas as escolas sejam dotadas de refeitório,  fim do parcelamento dos salários dos servidores públicos,  valorização do magistério, entre outros. Ouça a entrevista no player de áudio.    

A decisão de ocupar o IESTA foi estabelecida  em assembleia, realizada na semana que passou. Os alunos contrários à ocupação se retiraram da sala e os que apóiam o movimento, que na ocasião, representavam a maioria, permaneceram na plenária. 

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