Com projeto Dora Eyes estudante de Marau vence as Olimpíadas do Jovem Empreendedor 2024
Juliane Vitória Rodrigues, de 15 anos, é aluna do nono ano do Ensino Fundamental
Estudante marauense Juliane Vitória Rodrigues, de 15 anos foi campeã da Olimpíada do Jovem Empreendedor 2024, realizada na quarta-feira, 13/11, no UPF Parque em Passo Fundo. A estudante competiu com milhares de estudantes de 12 a 18 anos de todo o Estado que criaram soluções inovadores com base em demandas locais passando por fases municipais e regionais.
A grande final da Olimpíada do Jovem Empreendedor ocorreu durante o Manager Day, no dia 13, onde 30 finalistas apresentaram pitches dos seus negócios e para uma comissão avaliadora, que elegeu as melhores iniciativas. Fizeram parte da comissão a representante do Google for Education Patrícia Aragão; a secretária de Inovação de Passo Fundo, Bárbara Fritzen; o advogado Fernando Lusa; a proprietária da Procave, Miriam Almeida; e a assessora de Inovação da Diretoria Executiva do Sicredi Integração dos estados de RS/SC/MG, Carolina Dariva.
Projeto Dora Eyes
O Projeto Dora Eyes é pensado a partir de um sistema Bluetooth de visão computacional, Inteligência Artificial e Sistema Sonar. O Dora Eyes é um assistente pessoal vestível que auxilia deficientes visuais a identificarem objetos. A proposta é que o Dora seja os “olhos” dos usuários, guiando e mapeando todo o espaço em que eles estão, promovendo mais qualidade de vida às pessoas cegas. Com o trabalho Juliane recebeu o 1º lugar e uma viagem ao escritório do Google Brasil, em São Paulo.
Segundo a estudante a convivência com seu irmão Ismael foi a grande inspiração para o desenvolvimento do projeto. “Ter um irmão com deficiência traz vários desafios, ainda mais que ele tem deficiência visual e motora. Então, desde sempre é um cuidado especial, desde degraus, objetos pontudos… é difícil, mas não é impossível de lidar”, conta Juliane. Ao desenvolver o projeto pensou justamente em facilitar a vida do irmão, com um equipamento capaz de mapear espaços e ajudá-lo a identificar objetos.
A marauense está em contato com diferentes empresas de software para tirar o projeto do papel. O passo seguinte será viabilizar a parte física, que será um dispositivo vestível.
Apoio da Família
A mãe de Juliane, Doralice, e seu irmão Ismael estiveram presentes na final das Olimpíadas. Ismael conta que contribuiu ao longo de todo o processo de criação do projeto. “Ela fez bastante perguntas, me filmou e fotografou fazendo várias atividades de rotina. Daí isso ajudou ela a pensar no produto”, lembrou.
Mesmo com concorrentes de todo o Estado, Doralice destaca que sempre acreditou no projeto da filha. “Ela estava confiante que ia ganhar, e a gente acreditou desde o começo. Nós colaboramos com tudo o que ela precisava, dando ideias, mostrando como eram as coisas”, salientou Doralice. A mãe da vencedora destacou ainda o potencial do projeto de ajudar muitas famílias que têm os mesmos problemas.
Ganhadores da Olimpíada
2º lugar – Projeto Replast – Santo Expedito do Sul – premiado com um drone
A proposta do Replast é desenvolver uma máquina que transforma resíduos plásticos em tijolos. Para isso, o plástico é derretido e transformado em areia, que passa por outro mecanismo da máquina onde será modelada em formato de tijolo. A ideia é criar algo parecido com o que já existe no mercado atualmente na produção de tijolos de argila.
3º lugar – Projeto Autofarma – Farmácias São João – premiado com óculos de realidade virtual
O projeto Autofarma foi desenvolvido pensando na praticidade e flexibilidade do cliente em farmácias. A proposta é desenvolver uma máquina, no estilo vending machine, ligada a um formulário com interface, que direciona à opção mais segura, promovendo também rapidez e facilidade na hora da compra.
4º lugar – MG Agro App – Lagoa Vermelha – premiado com óculos de realidade virtual
5º lugar – S.A. Sensores – Mormaço – premiado com óculos de realidade virtual
Informações: Comunicação UPF
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