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Iniciam as aulas do Projeto Crescendo no Campo, de Camargo

por Ana Lúcia Jacomini

Sessenta alunos são atendidos em turno integral, com o desenvolvimento de atividades e oficinas voltadas ao desenvolvimento rural

Com cerca de três mil habitantes, Camargo tem 70% da sua fonte de renda oriunda da agricultura, e como forma de valorizar o meio rural, a Administração Municipal implantou o projeto “Crescendo no Campo: educação e convivência em tempo integral”, que integra duas políticas públicas, a Educação e a Assistência Social.

A atividade é desenvolvida na Escola Silva Jardim, localizada no Distrito do Paraíso, há 11 quilômetros da sede. Lá são atendidos 60 alunos, sendo 28 da cidade e 32 do interior. “São crianças aqui no distrito e das comunidades vizinhas Carrascal, Linha, Desvio Bonito, Tunas, Bela Vista e Pinhal Soledade”, complementa a diretora Simone Zanuzzo.

As aulas iniciaram na quarta-feira, 12 de fevereiro, e já no primeiro dia do ano letivo, o semblante das crianças comprova a felicidade em estar frequentando uma escola que oferece atividades envolvendo o campo, aliadas ao ensino. “Eles chegam de manhã, onde são desenvolvidas oficinas.

À tarde, eles têm aula normal, sendo que os professores vão ministrar conteúdos que vão de encontro com aquilo que eles aprenderam na atividade desenvolvida no turno inverso”, explica a coordenadora do projeto, Tassiana Bernardi.

Ao serem questionados se estão gostando do projeto, os alunos do 4º e ano do Ensino Fundamental, não pensaram duas vezes para responder. “Sim, está sendo muito legal”, entoou a turma de 15 estudantes. “Eu já ajudo os meus pais nos afazeres da lavoura”, disse um menino, ao ser complementado pela colega: “Eu auxilio a minha mãe”.

Desenvolvimento
Nas quartas e quintas-feiras pela manhã, os estudantes frequentarão oficinas de Talian, Música, Recreação e Capoeira. Os encontros serão ministrados por oficineiros com experiências em suas áreas . Nos demais dias, pela manhã, as orientadoras sociais serão as responsáveis pelas turmas. Nos encontros serão desenvolvidas atividades em sala de aula e na área externa, com plantio, colheita e alimentação de animais, entre outras.

Animais
Na quarta-feira, 12/02, dois coelhinhos chegaram na escola. Eles ficarão no viveiro construído pelos pais no período de férias. No local, serão abrigados galos, galinhas, garnizés, ganços, codornas e patos. “As aves serão doadas por pais ou familiares dos alunos e a cada dia chegará uma aqui na escola, para ter essa adaptação e este contato”, enfatiza Simone. Os alunos já batizaram os coelhos. Agora eles se chamam “Pintadinho e Pintadinha”. O olhar atento, o cuidado e o carinho, demonstram que ali, na Escola Silva Jardim, há amor pelo meio rural e o incentivo para a permanência nele.

Espaço
Nos fundos da Escola Silva Jardim, além do viveiro, foi construída uma horta. “Aqui os pais vieram e construíram a horta. Agora, a partir da próxima semana, os alunos com as orientadoras, farão o plantio, para aprenderem desde a semeadura até a colheita”, conta Simone. O espaço conta também com um horto e demais atrativos que integrarão à educação no local. Além disso, nos próximos meses, terá uma trilha ecológica que sairá dos fundos da escola. “Estamos pensando em todos os detalhes para que este projeto, de fato, faça a diferença na vida dos nossos alunos e de suas famílias”, aponta o secretário Samir Casagrande. Para bem atender todas as crianças, foi necessário a contratação de mais profissionais. Além disso, os estudantes têm acesso a café da manhã, almoço e lanche da tarde.

Otimismo
De Brasília, a prefeita Eliani Mesacasa Trentin, a “Nina”, recebeu notícias do primeiro dia do ano letivo. Ela retornou a Camargo na quinta-feira, 13, e disse estar otimista com o projeto. “É uma alegria imensa em saber que 60 alunos estão sendo atendidos em turno integral e que esta educação está tendo como foco o campo. O nosso município é essencialmente agrícola e nós temos que valorizar isso. Esta integração das crianças da cidade que vão para o interior, é de extrema importância, pois assim elas conhecem a realidade do campo. Temos que desenvolver políticas públicas que incentivem estas crianças e jovens a permanecerem no meio rural, que a sucessão rural seja uma realidade em nossa cidade, pois assim o desenvolvimento será constante”, comenta, ao enfatizar: “Estou otimista que será um ano letivo de muito aprendizado tanto para as crianças, quanto para nós que estamos implantando este projeto”, disse.

Divulgação - Secretaria de Educação de Camargo

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