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Poupança e investimento em meio a crise financeira

Baixar Áudio por Taliane Radaelli

Este conteúdo está disponível, também, no áudio da matéria

Foto: Divulgação

Em meio a elevação das taxas de juros e aumento no preço de grande parte dos produtos, guardar ou investir dinheiro parece uma realidade distante para muitos brasileiros. De acordo com dados divulgados pelo Banco Central, em 2020 66% da população possuía nome negativado, pelo atraso no pagamento de dívidas, financiamentos, entre outros. No mesmo período, o número de brasileiros que possuíam emprego com vínculo formal, ou seja, com Carteira de Trabalho assinada ou propriedade de empresa com CNPJ ativo, era de 48%. 

Como explica o professor universitário das áreas de administração e economia, Rodrigo Ferneda, o levantamento referente ao ano passado é preocupante por alguns motivos. Uma pessoa que possui nome negativado fica restrita à renda mensal da família, isso quer dizer que processos de financiamento de veículos e até moradia própria ficam comprometidos. Outro ponto, destaca Ferneda, é que as pessoas que se encontram nesta situação dificilmente terão condições de guardar ou reservar algum dinheiro para futuras emergências e imprevistos, o que é fundamental, principalmente no momento de dificuldade econômica que o país enfrenta.

Para quem deseja, de alguma forma, contornar a situação existem algumas alternativas. De acordo com Rodrigo, não há volume mínimo de recursos para guardar ou investir. A economia, destaca ele, inicia nas ações básicas do dia a dia, como a atenção aos hábitos de consumo externo ou até mesmo dentro de casa. Eleger prioridades e dar maior atenção àquilo que é essencial para o dia a dia da família, é uma boa opção. Além disso, estar atento ao consumo de energia e água, por exemplo, pode gerar uma redução nos custos mensais que podem ser revertidos em investimentos. 

Quando se trata de investir ou até mesmo guardar algum dinheiro na poupança, Rodrigo afirma que não há um valor fixo ou correto, isso vai depender da realidade de cada pessoa.  Mesmo que no início o valor reservado pareça pequeno, só o hábito de guardar já contribui para uma melhora no comportamento financeiro e nas escolhas daquele indivíduo. 

A entrevista completa com Rodrigo Ferneda está disponível no áudio da matéria.


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