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Juros do cartão de crédito chega a 439% ao ano

por Leonardo Battocchio

É a maior taxa já registrada na série histórica do Banco Central

Foto: Divulgação/Internet

As taxas de juros continuam subindo desde o início deste ano. Segundo dados do Banco Central, divulgados na última quarta-feira, 24/02, a taxa de juros do rotativo do cartão de crédito subiu 8,1 pontos percentuais de dezembro de 2015 para janeiro de 2016, quando atingiu 439,5% ao ano. É a maior taxa já registrada na série histórica do Banco Central, iniciada em março de 2011.

O rotativo é o crédito tomado pelo consumidor quando paga menos que o valor integral da fatura do cartão. Essa é a modalidade com taxa de juros mais alta na pesquisa do Banco Central.

A taxa média das compras parceladas com juros, do parcelamento da fatura do cartão de crédito e dos saques parcelados, subiu 8,3%, de dezembro para janeiro, quando ficou em 144,5% ao ano.

A taxa do cheque especial chegou a 292,3% ao ano, com alta de 5,3 pontos percentuais. A taxa do crédito consignado, com desconto em folha de pagamento, aumentou de 0,3% para 26,8% ao ano. A taxa do crédito pessoal subiu de 0,7% para 118,4% ao ano.
A taxa média de juros cobrada das famílias cresceu 2,4%, quando ficou em 66,1% ao ano. A inadimplência do crédito, considerados atrasos acima de 90 dias, para pessoas físicas, aumentou de 0,1% para 6,2%.

No caso das empresas, a taxa de inadimplência ficou em 4,7%, alta de 0,2 pontos percentuais. A taxa média de juros cobrada das pessoas jurídicas subiu de 1,8% para 31,5% ao ano.
Esses dados são do crédito livre em que os bancos têm autonomia para aplicar o dinheiro captado no mercado e definir as taxas de juros.

No caso do crédito direcionado, empréstimos com regras definidas pelo governo, destinados, basicamente, aos setores habitacional, rural e de infraestrutura, a taxa de juros para as pessoas físicas ficou em 9,9%, alta de 0,2 ponto percentual. A taxa cobrada das empresas subiu de 2,3% para 12,3% ao ano.
A inadimplência das famílias ficou em 2,1% e das empresas em 0,9%.

O saldo de todas as operações de crédito concedido pelos bancos caiu 0,6% em janeiro, quando ficou em R$ 3,199 trilhões. Esse valor correspondeu a 53,7% de tudo o que o país produz – Produto Interno Bruto (PIB).

Fonte: PortalNews

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