Brasil sofre com efeitos da "Carne Fraca" mas trabalha pela recuperação
Presidente da ABPA diz que país precisa se esforçar para manter um mínimo de regularidade no setor exportador
O preço a ser pago pelo Brasil após a repercussão da Operação Carne Fraca é muito mais alto que se esperava. O impacto das ações e da interpretação errônea dos dados divulgados pela Polícia Federa fizeram as exportações de carnes brasileiras despencar. A média diária caiu de 63 milhões de dólares para 74 mil. Governo diz que os interesses dos países importadores da carne brasileira não se restringem apenas a explicações sobre a qualidade sanitária colocada à prova e forçar quedas nos valores dos produtos seria, por exemplo, uma das estratégias das nações que adquirem as remessas do Brasil. Em tom de desabafo, o presidente da ABPA, Francisco Turra, lamenta que o trabalho realizado há anos pelo setor cárneo do país esteja tão comprometido, mas garante que a recomposição é possível.
“Estamos nos recompondo. Lógico que haverá um tempo para isso porque alguns países aproveitam para fechar e se possível não retornar. Mas alguns, quase a totalidade apenas suspenderam. Esperamos que com a força e o interesse do próprio governo como um todo haveremos mais breves na obtenção dos laudos, dos vistos para manter um mínimo de regularidade no nosso setor exportador”, diz Turra – ouça no player de áudio.
Em 2016, o setor de proteína animal do Brasil exportou 13,5 bilhões de dólares. O país é maior exportador de carne de frango e bovina e o quarto maior fornecedor.
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