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Brasil sofre com efeitos da "Carne Fraca" mas trabalha pela recuperação

por Camila Agostini

Presidente da ABPA diz que país precisa se esforçar para manter um mínimo de regularidade no setor exportador

Foto: Arquivo Alvorada

O preço a ser pago pelo Brasil após a repercussão da Operação Carne Fraca é muito mais alto que se esperava. O impacto das ações e da interpretação errônea dos dados divulgados pela Polícia Federa fizeram as exportações de carnes brasileiras despencar. A média diária caiu de 63 milhões de dólares para 74 mil. Governo diz que os interesses dos países importadores da carne brasileira não se restringem apenas a explicações sobre a qualidade sanitária colocada à prova e forçar quedas nos valores dos produtos seria, por exemplo, uma das estratégias das nações que adquirem as remessas do Brasil. Em tom de desabafo, o presidente da ABPA, Francisco Turra, lamenta que o trabalho realizado há anos pelo setor cárneo do país esteja tão comprometido, mas garante que a recomposição é possível.  

“Estamos nos recompondo. Lógico que haverá um tempo para isso porque alguns países aproveitam para fechar e se possível não retornar. Mas alguns, quase a totalidade apenas suspenderam. Esperamos que com a força e o interesse do próprio governo como um todo haveremos mais breves na obtenção dos laudos, dos vistos para manter um mínimo de regularidade no nosso setor exportador”, diz Turra – ouça no player de áudio.

Em 2016, o setor de proteína animal do Brasil exportou 13,5 bilhões de dólares. O país é maior exportador de carne de frango e bovina e o quarto maior fornecedor.

 

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