Nesta quarta-feira, 23/05, o marauense Ricardo Santin será nomeado diretor executivo da Associação Brasileira de Proteína Animal, a ABPA. O cargo foi criado a partir de uma mudança no estatuto da entidade, que permitiu ao presidente Francisco Turra um trabalho mais remoto, já que o mesmo se encontra afastado, realizando tratamento médico. Com isso, as duas vice-presidências foram extintas e o diretor executivo passa a acumular as competências funcionais e administrativas da associação. Em entrevista para a Tua Rádio, Santin explicou que Turra segue sendo o presidente, porém, a ele serão designadas questões de relacionamento de alto nível, quando liberado pelos médicos. O dia a dia da entidade passa a ser responsabilidade de Ricardo.

A nomeação ocorre em um momento delicado para a ABPA, que trabalha – juntamente com outras entidades – para reverter o embargo da União Europeia à carne de frango do Brasil. Autoridades brasileiras aguardam resposta da contestação do relatório europeu, que culminou com a suspensão das exportações de frigoríficos brasileiros, sendo a maioria deles da BRF. Ricardo Santin integra uma comissão que atua de forma prática para solucionar o impasse, considerado uma decisão de protecionismo do mercado europeu, já que não há riscos à saúde da população que consome a carne de frango produzida no Brasil. Nos últimos dez anos, o Brasil exportou mais de 15 mil toneladas de frango para a União Europeia.

Ao mesmo tempo em que negocia a reabertura do mercado europeu, a ABPA comemora o início das relações com outros países, que anunciaram recentemente o interesse em comprar a carne de frangos e a carne de suínos, produzidas no Brasil. É o caso da Coréia do Sul que vai importar carne suína de frigoríficos de Santa Catarina. O país asiático é o quarto maior importador de carne suína do mundo. Segundo Santin, esses novos mercados demonstram a qualidade do sistema de produção brasileiro. A República Dominicana também confirmou recentemente, que passará a comprar carne de frango do Brasil, bem como Rússia e Taiwan. Ainda, a China deve abrir novos mercados, possivelmente contemplando a BRF de Marau.

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