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Sindicatos que tem BRF na base se unem em defesa da empresa

por Ana Lúcia Jacomini

Dirigentes do Stia de Marau participam de mobilizações

Imagem Ilustrativa
Foto: Reprodução/Internet

Sindicatos que representam trabalhadores da BRF estão unidos contra decisão do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Mapa, de cancelar as exportações para a Europa, de pelo menos dez plantas da empresa. Reuniões acontecem em Porto Alegre e em São Paulo nestes dias. A direção do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação de Marau viaja ainda nesta quinta-feira, 22/03, para participar das mobilizações.

De acordo com o presidente do Stia, Alcemir Valdemar Pradegan (Costela), o apoio à multinacional se justifica pelo fato de que unidades onde não foram constatadas irregularidades – como é o caso de Marau e Serafina Corrêa – podem vir sofrer consequências deste cancelamento momentâneo das exportações. A retomada das vendas para o mercado externo, em uma segunda preocupação dos sindicalistas, pode acarretar em trabalho redobrado para os funcionários. “Estamos em defesa da empresa e dos trabalhadores da BRF”, anuncia Costela.

Nesta semana, o presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal, Francisco Turra, falou em entrevista para a Tua Rádio, que negocia com o governo federal para que o Mapa reveja esta decisão. Missões estão em solo europeu para prestar esclarecimentos, segundo ele. A intenção da ABPA é de que as exportações da BRF para a Europa voltem a ter o fluxo normal, como ocorria antes da divulgação de irregularidades em um laboratório do Paraná. Ele descata que este laboratório era fiscalziado tanto pelo Mapa como pelos representantes europeus.

Na sexta-feira, 23/03, a Confederação Brasileira Democrática dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação - Contac/CUT se reúne com federações e sindicatos filiados, no centro da capital paulista, para debater a situação da BRF. A principal reivindicação é a saída do presidente do Conselho de Administração da empresa, Abílio Diniz. Entre outras questões, a Contac avalia que a empresa tem sido mal administrada desde que Nildemar Secches deixou o cargo. Segundo Siderlei de Oliveira, presidente da Contac, os trabalhadores cobram a volta do antigo presidente. Eles questionam também, as posições que vêm sendo tomadas nas negociações salariais, com os atuais gestores.

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