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Retomada da economia brasileira depende do retorno da credibilidade, explica doutor na área

por Ana Lúcia Jacomini

População e classe empresarial precisam voltar a confirar no país, segundo o prodessor Marco Antônio Montoya

Imagem Ilustrativa
Foto: Reprodução/Notícias ao Minuto

Desde o dia 1º de janeiro, o salário mínimo nacional é de R$ 937,00. O aumento foi de R$ 57,00 o que significa um impacto de mais de R$ 38 bilhões na massa salarial. Para Marco Antônio Montoya Rodriguez, doutor em economia, na atual conjuntura do país, é inviável um aumento maior do que a inflação. Embora reconheça que para sobreviver com poucos mais de R$ 900 reais seja necessário um milagre, ele explica que há um efeito cascata gerado pelo aumento.

“Toda a folha de pagamento do setor público aumenta: impostos, benefícios, previdência, seguro desemprego. Não é justo mas é o processo histórico do país”, justifica ele. Ouça a entrevista no player de áudio.

Os valores do impacto do aumento do salário mínimo nos gastos públicos, porém, se tornam bem menores quando eles são comparados com os índices desviados nos esquemas de corrupção. A economia brasileira, sofre, neste momento, consequências profundas da falta de ética política. Conforme Montoya, é a primeira vez na história do Brasil que existe uma crise apesar da liquidez do mercado, o que comprova a falta de confiança.

Para o doutor, que também é professor do Curso de Ciências Econômicas da Universidade de Passo Fundo, a retomada da economia se dará quando a população e a classe empresarial voltarem a ter confiança no país. Apesar das medidas adotadas pelo governo federal, com intuito de reascender o mercado, não há reação, segundo Montoya, por que a retomada econômica depende do retorno da credibilidade.

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