Sindicatos pressionam acionistas para a saída de Abílio Diniz da BRF
Companhia registrou prejuízo recorde em 2017
A saída de Abílio Diniz do Conselho de Administração da BRF ganha reforço dos sindicatos que, amparados pela Contac/CUT - Confederação Nacional dos Trabalhadores na Alimentação, requerem o afastamento do empresário e mudanças na administração da companhia.
Conforme explica Erenilde Peccin, vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação de Marau – STIA, o gestor não apresenta desempenho satisfatório, principalmente, pelo histórico, a maior parte dele dedicado à rede de varejo. “São três anos consecutivos de muito prejuízo. Então a própria confederação esteve reunida com acionistas da Petros e da Previ e pressionou para que a direção do conselho seja alterada. Esta semana, a discussão deve ganhar força e o que se espera é que o empresário seja, realmente, afastado”, destaca a sindicalista.
Segundo Erenilde, a expectativa é de que Nildemar Secches reassuma a executiva da empresa, a maior exportadora de carne de frango do mundo. “Se produziu como nunca durante o ano de 2017 e o trabalhador participou dos resultados, mas não teve o lucro”, destacou Erenilde. Ouça a entrevista no player de áudio.
De acordo com informações publicadas pela imprensa nacional, os fundos contestam o resultado da empresa, que teve prejuízo recorde de R$ 1,1 bilhão de reais em 2017, conforme anunciado na semana passada. Segundo os acionistas a responsabilidade pelos resultados decepcionantes é do grupo liderado por Diniz. Mas o que se sabe, através de notícias que já circulam nacionalmente, é que o empresário atribuiu grande parte do déficit aos efeitos da operação Carne Fraca, deflagrada pela Polícia Federal em 2017.
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