Primeira usina de biometano do RS é uma sociedade entre a EB Capital3 e a Sebigás Cótica
Cerimônia de início da obra aconteceu nesta semana
Teve início nesta semana a construção da primeira unidade de uma usina de biometano da empresa Bioo. A planta está sendo construída ao lado do Polo Petroquímico de Triunfo e produzirá bioprodutos a partir do tratamento de resíduos orgânicos agroindustriais, com investimento de R$ 200 milhões da empresa. A Bioo é uma sociedade da EB Capital3 com a Sebigás Cótica, da família Cótica, que tem vínculos com o município de Marau.
A usina vai gerar biometano, CO2 para a indústria alimentícia e fertilizante orgânico, com capacidade de tratamento de mais de 600 toneladas de resíduo por dia, com produção diária de 30 mil metros cúbicos de biometano, 40 toneladas de CO2 alimentício e 120 toneladas de fertilizantes. Em sua fala, durante o evento que marcou o início da obra, o governador disse que é papel do Estado proporcionar um ambiente favorável para que investimentos como esse se estabeleçam no Rio Grande do Sul.
A planta de Triunfo, por meio da Sebigás Cótica, já possui contrato firmado com a Sulgás para fornecimento do biometano produzido. O produto será injetado diretamente na rede de gasodutos da distribuidora de gás canalizado. As empresas firmaram o primeiro contrato para o suprimento de biometano do Rio Grande do Sul em dezembro de 2021, antes da transferência do controle da empresa antes estatal, para a iniciativa privada. A unidade deve entrar em operação até o fim de 2024 e o contrato com a Sulgás tem previsão inicial de vigência de 10 anos, a contar do início do fornecimento.
Na ocasião da assinatura do contrato, o empresário Maurício Silveira Cótica disse que a atividade a ser desenvolvida é uma plataforma de economia circular para tratamento de resíduos e geração de gás e energia renovável e que este é o primeiro de outros projetos em desenvolvimento pela empresa com esse formato. Segundo ele, é um negócio em que todos os substratos e subprodutos são aproveitados e valorizados, primando pela economia circular e pela sustentabilidade.
“O projeto traz soluções e tecnologias inéditas no país e funcionará como uma central de recebimento de resíduos de diversas empresas, que serão tratados e deles será gerado o biogás, que depois de passar por um processo de purificação, se transforma em biometano, que será injetado na rede canalizada da Sulgás, se misturando ao gás natural", explicou Cótica.
O investimento no projeto será de R$ 150 milhões. A Sulgás investirá cerca de R$ 9 milhões em obras e equipamentos para a interligação da usina com a rede canalizada de distribuição de gás. A SebigasCótica desenvolve negócios e projetos em biogás, sendo o resultado da joint venture entre a italiana Sebigas e a gaúcha Cótica, e traz a experiência de mais de 80 unidades realizadas. A empresa atua de ponta a ponta, desenvolvendo tecnologias e processos próprios, implementando e operando plantas de biogás.
BENEFÍCIOS DA PRODUÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DO BIOMETANO
• Gás 100% renovável, capaz de reduzir a pegada de carbono
• Energético com as mesmas aplicações, vantagens e benefícios do gás natural
• Possibilidade de injeção em rede, juntamente com o gás natural
• Interiorização de um energético ambientalmente favorável
• Redução de passivo ambiental pelo tratamento adequado dos resíduos
• Possibilidade de expansão da produção agropecuária, em função da redução do passivo ambiental e aumento da disponibilidade de área
• Redução da emissão de poluentes durante a queima
• Promoção de atividade econômica local, com geração de emprego e renda e oferta de energia renovável para a cidade e produtores rurais.
Com informações da Secom/RS
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