Gabrielly Paz faz primeira exposição internacional na República Dominicana
Baixar ÁudioArtista expõe “De Ponta a Ponta” em outubro
Exportar a arte local para uma nova fronteira e apropriando novas temáticas. Isso é parte da proposta da pintora marauense Gabrielly Paz em sua primeira exposição internacional: “De Ponta a Ponta”. O destino é a República Dominicana, mais especificamente a casa cultural Quinta Dominica, em Santo Domingo, capital do país.
Ela deu alguns detalhes sobre essa novidade internacional aqui para o Página Rosa. “A exposição ‘De Ponta a Ponta’ convida o público a embarcar em uma viagem poética e surrealista através das ricas culturas que nós temos aqui no Brasil e na República Dominicana”, explica a artista.
Gabrielly ainda conta que o objetivo é explorar e celebrar as similaridades que existem entre o folclore, a arquitetura, os hábitos e as histórias dos dois países. “Eu tentei trazer o mundo surreal das obras e eu quero que a gente possa refletir mais sobre as conexões invisíveis que unem as nossas culturas.”
Surrealismo em óleo
O Surrealismo é um movimento de arte que surgiu, originalmente, na França dos anos 1920 –mas que ainda tem expoentes até os dias de hoje. A ideia é simular uma visão de sonho, sempre mesclando elementos figurativos e não abstratos em uma composição que representa o contexto psicológico incoerente e a construção metafórica estranha que desafia o lógico.
É a linha, por exemplo, que seguia o pintor Salvador Dalí na clássica obra “A Persistência da Memória”, em que pinta relógios derretendo. Nas obras da Gabrielly, o estilo ainda se manifesta no uso de cores intensas e impostas de forma diferente do habitual e, no caso desta série da exposição em específico, a presença de figuras folclóricas.
Outra semelhança com os clássicos do Surrealismo é o uso da tinta a óleo para realizar os quadros. Diferentemente do uso mais impressionista desse material de pintura, Gabrielly usa técnicas que mantém a pintura menos texturizada e as cores mais homogêneas.
Um chamado para o Caribe
O convite para realizar a exposição veio em uma viagem da artista à República Dominicana. “Sempre que eu viajo, eu vou em todas as galerias possíveis, sabe. E eu tento fazer o máximo de contatos também, fazer um networking legal. E, lá, eu conheci a galerista: a Arlyne [Read Rodriguez] da Quinta Dominica. A gente ficou conversando e ela me convidou.”
O nome e o conceito surgiram após o convite. “Eu pensei nesse nome porque a República Dominicana fica lá no Caribe, na América Central, e eu moro aqui embaixo, no Rio Grande do Sul. E aí eu comecei a bolar a exposição. Pensar em quantas obras eu queria fazer e o que que eu queria representar com elas.”
O sentimento, claro, não podia ser outro. “Nossa, eu me sinto muito feliz de conseguir levar a minha arte para fora do Brasil, ainda mais em uma exposição individual”, comemora Gabrielly, “para mim, isso é uma realização pessoal imensa (pessoal e profissional, né), então, eu fico feliz de poder estar levando a cultura brasileira para fora e honrar de onde eu venho”.
A exposição “De Ponta a Ponta” está marcada para ocorrer após o dia 20/10.
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