A dupla marauense DougWils vai inaugurar um novo momento no 48º Dia Estadual do Porco na sexta-feira, 26/07. O duo, formado pelo marauense Douglas Carraro e pelo tapejarense Wilson Lopes, será a primeira atração musical a tocar durante o almoço do evento, que, em 2024, ocorre em Charrua, Norte do RS. 

O Página Rosa conversou com o Douglas para entender como deve funcionar o momento. “Até então, não tinha tido música. Era o almoço, o pessoal ficava lá batendo papo e ia embora”, explica o músico. “Continua sendo igual. Só nós cantaremos na hora do almoço e um pouquinho depois. Não vira baile.” 

Como padrão nas apresentações da DougWils, o momento deve contar com uma variedade de gêneros e ritmos musicais.“A gente começa no MPBzinho, ali a pouquinho vi para um popzinho, aí vai para um country e do country em diante”, descreve o artista. “Aí vai para um ‘Chalana’, dali a pouco, vai fazer ‘Caboclo na Cidade’ e tudo depende.” 

Do country ao MPB 

Segundo Douglas, o country e o sertanejo tem muita proximidade sonora. “O country e o jazz são ritmos americanos que são pais de [rock, pop] todos gêneros praticamente. E não tem como não ver a veia do nosso sertanejo mais raiz no country: o estilo, as vestimentas. Então, é muito claro que o sertanejo nosso é cria do country.” 

A dupla, inclusive, faz uma transição que expõe essa proximidade. “A gente faz uma brincadeira, às vezes: eu estou cantando ‘Your Man’, do Josh Turner, que é um countryzinho lento, depois eu faço ‘Deixei De Ser Cowboy Por Ela’, do Chitãozinho e Xororó. Cara, é quase a mesma levada, é quase os mesmos instrumentos, é quase os mesmos solos. Então, é um link que, ali, você entende o que, entre um e outro, é a mínima diferença. Claro, um canta no grave, outro canta no agudo.”  

Negociações 

A apresentação no 48º Dia Estadual do Porco vem de uma longa trajetória da DougWils na música. “Essa nossa ida é uma consequência de, já, quatro episódios da SIAVS, em São Paulo, que a gente canta. Também vem de lá esse convite, já. O pessoal também conhecia nós de lá, então, ‘linkou’ tudo.”  

Esse, claro, não foi o único fator. “Como eu acabei conhecendo um amigo meu que é um dos organizadores, ele lançou a ideia para o comitê organizador, e o pessoal comprou”, afirma Douglas. “A gente fez dois ou três eventos em Charruas. Alguns particulares, um para a Prefeitura. Surgiu essa oportunidade e eles entraram em contato conosco.”