A quinta-feira, 21/11, é de show estadual gratuito em Marau! É um espetáculo com o músico e gaiteiro Renato Borghetti, acompanhado a unidade de Marau do Projeto Fábrica de Gaiteiros. O evento ocorre às 20h, na Casa da Cultura, como parte da programação natalina do município: o Encanta Marau. 

O músico e professor Diego Granza, que guia a oficina aqui no município, adiantou um geral sobre como vai funcionar a apresentação. “É um show do Renato Borghetti, junto com os alunos, aqui de Marau, da Fábrica de Gaiteiros”, explicou. “O Borghetti faz o show dele e ele toca junto com a gente também. É tudo junto: a gente participa do show dele, depois a gente sai, depois a gente volta. E tem mais algumas surpresas, aí, mas é para o dia.” 

O repertório já está definido e organizado junto dos jovens artistas. “Estamos ensaiando bastante. Estamos nos organizando para esse momento faz tempo, já. Então, é uma alegria para nós. É quase o nosso objetivo do ano, assim. E uma realização, também, a gente poder tocar ao lado do Borghettinho, poder conviver, ali, um tempinho com ele.” 

Gaiteiros em produção 

Nós aproveitamos a entrevista com o Diego para conversar com dois alunos dele. “Faz alguns meses que eu comecei, tanto que vai ser a minha primeira apresentação”, contou Augusto Casanova ao Página Rosa, quadro de cultura da emissora. “É um instrumento musical bem bom de tocar”, complementou, “vai ser muito legal tocar com o Renato Borghetti, porque ele é um dos melhores gaiteiros do mundo e vai ser bom tocar com ele”.  

“Desde que começou eu estou aqui, acho que faz um ano e meio, por aí”, afirmou Laura Piccini Morandi. “O nosso vô toca gaita há muito, muito tempo. E ele sempre gostou que a gente aprendesse esse instrumento e a gente também sempre quis aprender vendo ele.” 

Ela também explica o impacto que o show com o idealizador da Fábrica de Gaiteiros terá para ela. “Eu vou estar realizada, porque eu nunca toquei com o Borghetti ou com qualquer outra pessoa. Solo eu já toquei várias vezes. Com o professor também. E estar lá em cima do palco com um monte de gente vai ser muito bom.” 

Ponto ou piano 

Renato Borghetti, assim como os alunos da Fábrica de Gaiteiros usam a gaita ponto. “Ou gaita de oito baixos”, explica Diego. “Quando a gente abre ela, faz um som, e, quando fecha, faz outro som. Essa é, talvez, a principal diferença.” 

São duas principais variedades de acordeon: a de teclas e a de botões. Visualmente, são bem esses elementos que marcam a diferença. A gaita piano é aquela que parece possuir um teclado acoplado em uma das mãos. Já a gaita ponto é, justamente, a que apenas possui aqueles botões pequenininhos. 

Claro, essa não é a única diferença. “É um acordeon diatônico, ou seja, não tem todas as notas. Algumas notas falta, aqui. É um instrumento muito folclórico: você vai ver a gaita ponto nas manifestações folclóricas da Itália, do Nordeste [do Brasil], enfim.”