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Rafael Vieira trabalha em nova série de quadros

Baixar Áudio por João Pedro Varal Tartari

Padrinho do Cultura 24 Horas deve montar nova coleção de obras com estilo psicodélico

Uma das várias aptidões de Rafael Vieira, que vem ganhando intensidade nos últimos meses, a pintura deve receber novidades em algum tempo próximo. Nesta semana, a Página Rosa conversou com o professor, músico, artista visual e padrinho do Cultura 24 Horas – que revelou estar trabalhando no que dá para chamar de uma nova série de quadros. 

“Eu acho que funcionaria como uma nova série de quadros”, afirma Rafael, reforçando que “dentro dessa do nanquim tem [uma também]”. E ele complementa que já tem algumas obras prontas nesse novo conjunto. “Eu tenho uns cinco que já estão feitos, até para montar, assim, uma coleção com uns três ou quatro. Acho que ficaria bem bacana. Ficaria não. É bacana.” 

O uso de aquarela e nanquim dissolvido em água, bem como uma mudança na estrutura dos elementos apresentados em tela, devem ser as novas marcas dessa nova fase do artista. “Logo mais vai ter todo esse material [disponível], essa nova identidade, talvez. Materiais diferentes trazem identidades diferentes, momentos diferentes.” 

Ainda segundo o artista, ele já produziu algumas séries nos seis meses em que vem se dedicando à pintura. “Eu já fiz várias séries, né. Eu tenho umas séries ali que são com letras de músicas e desenhos por cima, parece meio um Basquiat assim. Eu tenho a série dos Gatinhos... Essa a galera ama. Eu já fiz o ‘Gatinho na Praia’, o ‘Gatinho Pintor’, estou fazendo o ‘Gatinho no Aquário’.” 

Uma nova velha técnica 

Nanquim e aquarela são tintas novas nas pinturas que o Rafael vem realizando nos últimos meses. As duas tinturas são pigmentos tradicionais na arte plástica, mas têm uma diferença central entre si: sua viscosidade. 

O nanquim é mais opaco, por ser uma tinta feita, geralmente, com um corante preto escuro derivado da fuligem. Isso o torna mais rígido em seu estado base, o que o leva a ser usado no contorno de objetos e personagens nos desenhos mais figurativos.  

Com adição de água, ele passa a se comportar de forma muito similar à aquarela – que é muito mais uma técnica que um tipo de tintura em si. Ela surge da mistura de um pigmento colorido à água, que é aplicada em sua forma aquosa sobre a tela, sendo necessário esperar a evaporação da água para que a cor se fixe no desenho. A tinta fica mais rala e translúcida, podendo ser usada para criar degradês dos tons usados na pintura. 

Nas pinturas desta nova série, Rafael relembra que, apesar de se apresentarem como uma novidade na atual fase artística dele, a técnica vem de outro momento de sua vida. “É uma reformulação de uma técnica que eu usava lá no ensino médio, que consiste meio que [em] um Rorschach Test – dissolvendo algumas tintas e trazendo essa onda mais psicodélica, sem linhas, deixando que os próprios formatos vão se delineando.” 

Do impressionismo à psicodelia 

Até o momento, as pinturas realizadas pelo Rafael contavam com uma presença maior de traços de outras tendências artísticas. É exemplo o impressionismo presente nas pinceladas enevoadas da série dos Gatinhos ou o expressionismo nos rostos caricaturais da série das Letras de Música. Para essa nova fase, contudo, as pinturas devem assumir um tom mais psicodélico. 

Em especial no popular, entende-se como fazendo parte do psicodelismo o que se inspira ou faz parte do movimento contracultural do final dos Anos 1960. No visual, ele se manifesta, em especial, na simulação do efeito caleidoscópico resultante do uso de drogas alucinógenas, apresentado de forma visual em linhas tortuosas e cores vibrantes. 

Rafael é quem dá mais detalhes sobre o incorporação visual desse padrão estético. “O psicodelismo ele trata de obras que, talvez, não tenham linhas retas. Tu vais ver sempre ondulações nelas e formatos bem diferentes. E aí que entra a coloração – que, geralmente, a galera odeia.”  

“Acho que o psicodélico abre um pouco a cabeça de que, meu, eu posso usar as cores de forma diferente, eu não preciso seguir um padrão”, o artista relaciona com suas próprias pinturas. “Eu posso fazer do meu jeito e, bah, estão saindo umas coisas bem bacanas.”  

Você pode acompanhar todo o processo de criação desses quadros da nova série no perfil @rafavieira_pinturas no Instagram. Os quadros ainda não estão disponíveis para venda. 


Você pode ouvir essa matéria acessando o player de áudio, logo acima da foto. O Página Rosa vai ao ar todos os sábados, às 9h30, no Programa Revista de Sábado. Você pode conferir todos os episódios acessando o link do podcast da Tua Rádio Alvorada.

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