A banda marauense Órbita Mente tem novidades para este começo de ano. É o álbum de estreia do grupo, “Axioma”, lançado nas plataformas digitais na sexta-feira, 02/02, e que deve receber um evento de lançamento oficial na próxima semana – no domingo 11/02. 

“A gente vai estar fazendo um show de lançamento do álbum” explica o baterista do grupo, Diego Lopes, “tocando ele na íntegra”. O momento ocorre junto ao projeto De Boa na Lagoa, realizado pela Secretaria Municipal de Cultura, Esporte e Lazer (SMCEL) de Marau.  

Diego é quem faz o convite para o lançamento. “Vai ser ali no Parque de Rodeios, com início às 17h. Vai ser um evento gratuito, quem puder chegar está muito convidado. Vai ser um evento muito legal e vai ter uma galera que sempre apoiou a banda, aí.”  

O primeiro álbum 

“Axioma” é o primeiro álbum lançado pelo Órbita Mente. Ao todo, ele conta com oito faixas, das quais quatro são inéditas e a outra metade foi lançada anteriormente como single. 

Diego explica que há um conceito central que guia o LP. “Traz uma reflexão introspectiva sobre a busca por inspiração e criatividade – passando por partes mais fantasiosas, como a faixa de abertura, ‘Calíope’, que é sobre a musa da poesia épica, que inspirou a humanidade na Mitologia Grega, até ‘Guerra Interna’, que é uma música que fala sobre lidar com pensamentos conflitantes.” 

O baterista ainda destaca uma das novas composições. “Uma das inéditas do álbum, que é a faixa ‘Sussurro’, fala como as influências externas do mundo podem mudar o rumo, a direção que você está seguindo.” 

Uma inspiração psicodélica 

É impossível falar do Órbita sem falar do rock psicodélico. O subgênero se desenvolveu após a metade dos anos 60, sendo caracterizado pelas mudanças de tom e de velocidade. 

A principal proposta do psicodélico tenta replicar os efeitos da mente alterada, trazendo tonalidades eletrônicas, solos estendidos, improvisação e instrumentos menos comuns do rock. O movimento foi adaptado para o Brasil por volta de 1967, em especial pelas bandas Os Mutantes, Novos Baianos e Bixo da Seda. 

Muitas das características que representam o subgênero se expressam na história contada por “Axioma”. “Ele fala muito sobre questionar a verdade”, explica o tecladista do Órbita Mente, Gustavo Marafon, “mas, mais do que isso, também buscar a verdade interior, um exercício de si”. 

Mas as características técnicas também aparecem, em especial na composição final do disco. “A música ‘Casa/Mente’, que encerra a música instrumental, fala um pouco dessa viagem, dessa busca. O interessante é que tem momentos diferentes: momentos calmos, momentos agitados.”  

Segundo Gustavo, a ordem das faixas também tem um motivo de ser. “A gente, justamente coloca uma música que retrata essa viagem no final do álbum para sinalizar que mais importante do que achar o seu eu interior, a sua verdade interior, é a própria jornada em busca disso.”