Velejadores brasileiros são condenados pela Justiça de Cabo Verde
Daniel Guerra, passo-fundense,juntamente com outros dois brasileiros e um francês, foram condenados a uma pena de 10 anos de prisão
O velejador passo-fundense, Daniel Guerra, juntamente com outros dois velejadores brasileiros e um francês, foram condenados a uma pena de 10 anos de prisão, em Cabo Verde, pelo crime de associação ao tráfico de drogas. A sentença foi proferida na quinta-feira, 29/03. O grupo está preso preventivamente desde agosto do ano passado, quando a polícia de São Vicente encontrou mais de mil quilos de cocaína escondida no veleiro tripulado por eles. A defesa vai recorrer da decisão.
No julgamento, em São Vicente, o juiz Antero Tavares acatou a denúncia do Ministério Público e condenou o grupo por co-autoria ao tráfico de drogas. Segundo o jornal caboverdiano Expresso das Ilhas, durante a leitura da sentença, Antero Tavares disse que todos os quatro agiram com dolo, porque sabiam da droga, e que os mesmos foram contratados pelo inglês George Fox, alegado dono do veleiro e que está foragido, para fazerem o transporte dos 1.157 quilos de cocaína, em troca de uma "avultada compensação remuneratória". Neste caso, a empresa de recrutamento de tripulações The Yacht Delivery Company, com sede na Holanda, através da qual os acusados dizem que tiveram conhecimento da viagem, teria funcionado apenas como um álibi. O tribunal acredita que a droga foi carregada no Brasil, apenas depois da fiscalização da Polícia Federal, motivo pelo qual as autoridades brasileiras não encontram nada no veleiro", diz a impressa local.
Pela decisão da Justiça, após o cumprimento da pena, o grupo será expulso do país e proibido a retornar durante os próximos cinco. Os bens apreendidos pelas autoridades foram declarados perdidos. A Justiça de Cabo Verde não considerou os documentos enviados pela Polícia Federal brasileira, comprovando que não havia como a tripulação saber da existência da droga, uma vez que, antes de partir do Brasil, o veleiro havia passado por manutenção.
Ouvidos pelo Expresso da Ilha, os advogados garantiram que vão entrar com recurso da decisão. Também cogitam um pedido de nulidade do processo.
Informações: Jornal O Nacional / Passo Fundo
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