Breve balanço sobre quatro nacionalidades que chegaram a Marau nos últimos anos
A busca pelo trabalho é um dos motivos que trazem os imigrantes para o município
Faz alguns anos que Marau vem recebendo imigrantes em busca de oportunidades. Mudanças culturais e de idioma são os maiores desafios para estes aventureiros que chegaram a nossa cidade de Marau em busca de uma melhor condição de vida. Fizemos, juntamente com pessoas que auxiliam esses imigrantes, um balanço sobre quatro nacionalidades que se encontram em Marau.
Gana: temos um morador em Marau e outro em Vila Maria; o número deles era maior, não tão expressivo, quase todos que estavam aqui foram morar em São Paulo. Não conseguiram se adaptar em nossa cidade, motivo de apenas um permanecer em Marau. Ele fala somente inglês e está começando a esboçar as primeiras frases em português. Está no Brasil, mais precisamente em Marau, há três anos.
Índia: segundo informações, são apenas três moradores indianos, mas o indicativo é que seriam alguns a mais. As informações sobre esses imigrantes ainda são poucas
Haiti: encontra-se em Marau mais de trezentos moradores haitianos, concentrando maior número nos bairros de Guadalupe, Santa Lúcia e nova Alternativa. No momento deu uma parada na chegada de novos haitianos, normalmente vêm acompanhados com suas mulheres apenas. Muitos se estabelecem com moradia e trabalho e depois trazem suas namoradas ou esposas para viverem aqui também e logo constituem família, o número de bebês haitianos (no caso brasileirinhos) que nasceram ou estão para nascer é constante. Os haitianos normalmente vêm pro Brasil para ter uma vida mais digna, além do mais, muitos querem estudar.
Senegal: em torno de trezentos, e continuam a chegar, a maioria vêm sozinhos ou com irmãos, jovens, com máximo de 38 anos. Raramente vêm mulheres, um dos motivos de poucos nascimentos de bebês. Querem trabalhar, juntar dinheiro e voltar para o país de origem. Falam somente francês, devido à colonização francesa no país e o "ULOF", idioma nativo. Em Marau há mais ou menos seis anos começaram a chegar os primeiros senegaleses. Maior parte deles trabalha na construção civil.
A maioria da população marauense não consegue distinguir entre uma nacionalidade e outra e, de certa forma, generalizam a origem. Um dos pontos mais difíceis é a comunicação e isso complica muito na hora de encontrar um emprego e casa para alugar, principalmente o senegalês.
Com tudo isso, faz nos lembrar a chegada dos imigrantes italianos no Brasil, as dificuldades da língua e costumes, a adaptação e o trabalho intenso para se estruturar e ainda que a maioria de nós somos frutos dessa imigração.
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