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Entidades apresentam o mapa da produção de leite no Estado

por Ana Lúcia Jacomini

O Rio Grande do Sul é o segundo maior produtor de leite do Brasil

Imagem Ilustrativa
Foto: beneficiosnaturais.com.br

Dados do Relatório Socioeconômico da Cadeia Produtiva do Leite no RS, apresentados na sexta-feira, 29/05, na Expoleite, em Esteio, contabilizam que a produção leiteira no Estado, cujo rebanho é de 1.427.730 vacas, gera 9,13% do PIB gaúcho. No total, o Rio Grande do Sul, segundo maior produtor de leite do Brasil, produz mais de 11,5 milhões de litros de leite por dia, mas a capacidade industrial instalada é de 18,5 milhões de litros de leite/dia.

Atualmente, a produtividade média é de 3.200 litros/vaca/ano, sendo que, em regiões como a Serra, chega a quase 5 mil litros/vaca/ano, resultado de adoção de tecnologias, como pastagens anuais de inverno (94,5% das propriedades) e de verão (86%), pastoreio rotativo (62%), irrigação (2,6%), fornecimento de ração (25%) e silagem (80,1%), entre outros.

Das quase 198.817 propriedades gaúchas que produzem leite, mais de 51 mil têm local adequado e higiênico para ordenha, ou seja, possuem sala de ordenha. Do total das propriedades produtoras, 60% predomina a ordenha do balde ao pé (ou de tarro) e 6% (5.528 propriedades) ainda mantêm a ordenha manual.

O resfriamento avançou entre os produtores e hoje é realizado em 61.143 propriedades (72,3%)”, cita Ries. Segundo o relatório, 23% das propriedades têm resfriador de tarro (feito por imersão) e 5% dos produtores gaúchos não possuem resfriador, protegendo o leite na geladeira ou no freezer. O engenheiro agrônomo lamenta que apenas 38% das propriedades têm algum sistema de aquecimento da água para a limpeza dos equipamentos.

A inaptidão, a declividade do terreno e o tamanho das propriedades são algumas das dificuldades apresentadas pelas entidades ligadas ao setor lácteo, pesquisadas para o Relatório. De acordo com Ries, quase 39 mil famílias (46%) apresentam falta de mão-de-obra, quase 20 mil propriedades não possuem energia elétrica e em mais de 35 mil propriedades (40%) há desinteresse ou falta de descendente que assuma a atividade leiteira.

DESAFIOS

Um dos desafios, considerado unânime entre os participantes da audiência de apresentação do relatório, é o aumento do consumo. Hoje, cada brasileiro consome 178 litros de leite por ano, enquanto que a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a ingestão de 220 litros de leite por habitante/ano. Enquanto a produção aumentou 6% ao ano, o consumo cresceu apenas 2%”, destacou o vice-presidente do Sindilat, Raul Augusto Amaral.

Outro dado analisado é a média entre exportação (6 milhões de kg) e importação (21 milhões de kg). A importação é maior do que a exportação e isso gera um déficit para o Brasil de 22 milhões de kg de leite em pó desnatado. O presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva, alertou que no RS, 45% dos produtores de leite produzem menos do que 100 litros de leite/dia.

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