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Publicado o Zarc dos cereais de inverno para o ano-safra 2023/2024

por Ana Lúcia Jacomini

Zoneamento Agrícola de Risco Climático teve estudo coordenado pela Embrapa Trigo de Passo Fundo para As atualizações dos Zarcs foram para culturas como trigo, triticale, cevada e aveia

Imagem Ilustrativa
Foto: Reprodução/Canva

Foram publicadas nesta quinta-feira, 28/12, no Diário Oficial da União, as portarias que aprovam o Zoneamento Agrícola de Riscos Climático (Zarc), ano-safra 2023/2024, para o cultivo dos cereais de inverno, também chamados de cereais de estação fria, como trigo, triticale, cevada e aveia.

Unidades da Federação como o Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Goiás, Mato Grosso e Bahia, além do Distrito Federal, possuem indicações de produção desses cultivos, tanto em sistema sequeiro como irrigado. O zoneamento tem o objetivo de reduzir os riscos relacionados aos problemas climáticos e permite ao produtor identificar a melhor época para plantar, levando em conta a região do país, a cultura e os diferentes tipos de solos.  

Para os cereais de inverno no Brasil, contemplando trigo, triticale, cevada e aveia, sistemas sequeiro e irrigado, e, no caso do trigo, também de duplo proposito (produção e forragem + grão), a atualização dos Zarcs considerou os principais riscos climáticos para esses cultivos, que envolvem o excesso de chuva no período de colheita, geada ao redor do período crítico da emissão das espigas e panículas e seca no estabelecimento das lavouras e na fase de enchimento de grãos, em escala municipal, de acordo com o ciclo de cada cultivar e da disponibilidade de água (AD) de cada solo. 

O agrometeorologista da Embrapa Trigo de Passo Fundo, Gilberto Cunha, que coordenou a equipe responsável pela atualização dos Zarcs, destacou que a nova metodologia utilizada permitiu uma melhor discriminação dos limites de risco – 20%, 30% e 40% - em escala municipal. Também atendeu aos anseios dos segmentos ligados a produção, que não se sentiam adequadamente contemplados nos três tipos de solos que vinham sendo até então considerados, e dos profissionais da área de seguro agrícola, que reivindicavam, na esfera privada, uma melhor discriminação espacial dos riscos climáticos que afetam a agricultura brasileira. 

Os agricultores que seguem as recomendações do Zarc estão menos sujeitos aos riscos climáticos e podem ser beneficiados pelo Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) e pelo Programa de Subvenção ao prêmio do Seguro Rural (PSR). Muitos agentes financeiros só liberam o crédito rural para cultivos em áreas zoneadas. 

Os resultados do zoneamento em escala municipal, para três grupos de cultivares, com a indicação de períodos favoráveis de semeadura em três níveis de risco (20%, 30% e 40%) e, agora, para seis níveis de disponibilidade de água nos solos, segue o mesmo protocolo estabelecido pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). As consultas podem ser feitas por meio da plataforma  “Painel de Indicação de Riscos”  ou no aplicativo móvel Zarc Plantio Certo, disponível nas lojas de aplicativos iOS e Android. 

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