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Emater contabiliza perdas provocadas pelas chuvas no Estado

por Ana Lúcia Jacomini

Atividades mais afetadas foram as produções de hortigranjeiros, de trigo e da produção leiteira

As fortes e intensas chuvas ocorridas nos últimos períodos, no Rio Grande do Sul, impactaram de forma negativa a produção primária. De acordo com levantamento feito pela Gerência de Planejamento da Emater/RS-Ascar, as atividades mais afetadas foram as produções de hortigranjeiros, de trigo e da produção leiteira. O levantamento foi realizado entre os dias 23 e 24 deste mês e levou em conta informações das áreas rurais de 80 municípios mais atingidos, dos quais 18 decretaram estado de emergência.

No caso das frutas, as cítricas (laranja, bergamota e limões) foram as mais atingidas, com um total de 2.868 hectares, afetando 875 produtores. A perda média na fruticultura foi de 32%. Já no caso das olerícolas (verduras), que contabilizaram 1.587 hectares atingidos pelas chuvas, as culturas que sofreram danos maiores foram alface, batata-doce e a cebola, com um total de 1.157 hectares. Em todas as culturas levantadas, as perdas variaram entre um mínimo de 20% e um máximo de 50%, atingindo 1.694 produtores gaúchos.

Na produção de grãos, a cultura com maior impacto é o trigo. Mesmo assim, apenas 5% do total estimado para esta safra, 46 mil hectares, tiveram algum tipo de dano com relação à erosão de solo e perda de insumos (sementes, adubos, etc.), causada também pela erosão do solo.

Na pecuária, a atividade mais prejudicada foi a produção de leite, afetando em torno de cinco mil produtores de leite no RS. Durante o período de 22 dias, 310 mil litros diários de leite não foram coletados, por problemas de escoamento ou por estresse animal (diminuição na produção).

No tocante à infraestrutura desses 80 municípios mais atingidos pelas chuvas, 286 comunidades rurais tiveram problemas com o escoamento da produção, com 4.650 km de estradas afetadas. Além disso, 595 construções e instalações (casas, galpões, etc.) tiveram algum tipo de dano e, nesse período de chuvas, 872 famílias ficaram sem acesso à água potável.

Ainda conforme a Emater, são números preliminares de apenas 80 municípios que sofreram os maiores impactos pelo excesso de chuvas. À medida que as culturas e outras atividades evoluam, os números sofrerão modificações segundo as condições meteorológicas.

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