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Turra afirma que embargos da Arábia Saudita decorrem de critérios técnicos

por Camila Agostini

De acordo com o marauense que comanda a ABPA, planos de ação corretiva estão em implementação para a retomada das autorizações

Foto: Arquivo ABPA

A decisão da Arábia Saudita de barrar a importação de carne de frango de frigoríficos brasileiros preocupa a Associação Brasileira de Proteína Animal - ABPA. A afirmação é do presidente da entidade, Francisco Turra. Em entrevista à Tua Rádio Alvorada, Turra confirmou que o impacto da medida é sobre cinco plantas frigoríficas e que o embargo foi motivado por "critérios técnicos". Segundo Turra, em 2018, a Arábia Saudita importou cerca de 600 mil toneladas de carne de frango do Brasil no ano passado, 14% do volume exportado pelo país. “É bastante. Preocupa, mas estamos prestes a abrir mercado a países islâmicos como Paquistão, Indonésia. De qualquer foram, em conjunto com o Ministério da Agricultura, estamos trabalhando para reverter esta situação e manter os negócios regulares, como ocorre há 45 anos”, destacou o gestor.

Quanto à informação de que a decisão dos sauditas teria relação com o discurso do presidente Bolsonaro, que sinalizou a possibilidade de transferir a embaixada do Brasil de Tel-Aviv para Jerusalém, Turra afirma: “esta não é a leitura que fizemos”. Ouça a entrevista no player de áudio.

Em nota, a ABPA confirmou que a Arábia Saudita mantém a autorização de exportação de 25 plantas frigoríficas de carne de frango brasileira. Atualmente, diz a nota, 58 plantas são habilitadas pelo Ministério da Agricultura brasileiro a exportar, mas somente 30 destas embarcam produtos efetivamente. De acordo com a associação comandada pelo marauense Francisco Turra, planos de ação corretiva estão em implementação para a retomada das autorizações: “A ABPA está em contato com o Governo Brasileiro para que, em tratativa com o Reino da Arábia Saudita, sejam solvidos os eventuais questionamentos e incluídas as demais plantas. Além disto, as plantas que hoje não estão habilitadas contarão com o apoio do Ministério para obter a autorização para exportar a este mercado”.

 

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