Ex-ministro lidera movimento que visa elevar o número de abate de aves no RS e em SC
Baixar ÁudioSe preferir, ouça este conteúdo no player de áudio da matéria
Foto: Divulgação
“Temos a necessidade incalculável de criarmos uma alternativa para a safra de inverno no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina.” A frase é do ex-ministro da Agricultura, Francisco Turra, em entrevista para a Tua Rádio Alvorada. Poucos meses depois de deixar a presidência da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), ele lidera um movimento que visa a retomada da competitividade do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, no abate de aves. Conforme Turra, ambos os estados tiveram queda significativa na produção avícola ao longo dos últimos 15 anos, muito em função dos altos custos de produção, especialmente da alimentação.
Segundo Turra, a safra de milho a mais que o Paraná tem por ano – RS e SC têm apenas uma safra do cereal – é um dos principais motivos da diferença produzida entre 2005 e 2020. No entendimento do marauense, uma saída é incentivar a implantação das lavouras de inverno com o viés da alimentação animal. O movimento tem a participação de diversas entidades, entre elas a própria ABPA, Embrapa Trigo, de Passo Fundo e Embrapa Aves e Suínos, de Concórdia. Na proposta, a empresa brasileira será fornecedora da tecnologia para as culturas alternativas de inverno, como aveia, cevada e trigo.
Nos últimos dias, uma live reuniu Turra, o secretário de Agricultura de Santa Catarina, Ricardo Gouvêa, os presidentes da Associação Gaúcha de Avicultura, FecoAgro/RS e SIPS, além do diretor de comunicação da Lactalis, Guilherme Portella. O encontro foi promovido pela Embrapa Trigo, para a apresentação do projeto. Conforme o marauense, também como incentivo para os produtores voltarem a se interessar pelas lavouras de inverno, agroindústrias e cooperativas de aves, suínos e lácteos dos dois Estados já garantiram a compra desse mercado futuro.
Comentários