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Tempo colabora para o fim da colheita da soja

por Camila Agostini

Em Marau, nas áreas de maior produtividade, foi possível colher mais de 80 sacos de soja por hectare

Foto: Camila Agostini / rdalvorada

As boas condições climáticas contribuem com o avanço na colheita da soja no Rio Grande do Sul. De acordo com o Engenheiro Agrônomo Solimar Sandri, em Marau, é possível dizer que o grão ainda precisa ser colhido em menos de 1% da área cultivada para que a safra seja concluída. No estado, de acordo com boletim semanal do serviço de assistência técnica e extensão rural do Governo gaúcho, a colheita atinge a casa dos 75%

Segundo Sandri, os resultados da produção deste ano foram positivos, apesar de não superar os índices da safra anterior. “Primeiramente, tivemos dificuldade de instalação das lavouras devido ao excesso de chuva. O grande volume de água no solo prejudicou o processo de germinação e isso atrapalhou um pouco. Também nos roubou produtividade, uma pequena estiagem registrada no mês de janeiro, quando as temperaturas foram altas o que provocou a murcha dos grãos”, explicou Sandri. O agrônomo diz ainda que um terceiro fator relacionado às doenças da soja, sobretudo, a ferrugem, gerou condições adversas para o produtor. “As condições eram ideias para o desenvolvimento da ferrugem, demandando uma média de até quatro aplicações de fungicidas”, destacou.

Os números finais de produtividade em Marau devem ser gerados já na próxima semana. De acordo com o mais recente levantamento, as perdas estimadas em Marau podem ser de aproximadamente 10% Apesar disso, a rentabilidade será satisfatória e em determinados talhões de lavouras mais produtivas e com solo melhorado, foi possível colher entre 80 e 100 sacos de soja por hectare, afirma Sandri.  A média da colheita deve ficar entre 60 e 65 sacos por hectares.

Ouça a entrevista com Solimar Sandri no player de áudio

 

Milho

Na semana que passou, conforme estimativa da Emater/RS-Ascar, a área colhida das lavouras de milho no Rio Grande do Sul atingiu 85% do total plantado, tendo ainda 10% maduro e por colher e 5% em fase final de formação de grãos, que deve ser colhida até o final de maio. As produtividades se mantiveram em níveis elevados durante todo o processo de retirada dos grãos, com raras exceções. Atualmente, a média está em 6,3 mil kg/ha. No milho destinado à silagem, a colheita ultrapassa os 90%.

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