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Governo assina protocolo de intenções com a empresa BSBios para viabilizar usina de etanol em Passo Fundo

por Ana Lúcia Jacomini

O cereal, através de cultivares desenvolvidas pela Biotrigo, será uma das matérias primas utilizadas pela BSBios na produção de etanol pela BSBios

O governador Ranolfo Vieira Júnior assinou, nesta segunda-feira, 20/06, em evento no Palácio Piratini, um protocolo de intenções entre o governo estadual e a empresa BSBios para viabilizar a implementação de uma usina produtora de etanol em Passo Fundo. O documento estabelece ações articuladas para viabilizar o investimento de R$ 316 milhões projetado pela empresa para a primeira fase de implantação da unidade produtora de etanol e farelos a partir do processamento de cereais como milho, trigo, triticale, arroz, e sorgo.

O protocolo prevê tratamentos tributários em relação ao ICMS para aquisições de fornecedores de máquinas e equipamentos industriais localizados no Rio Grande do Sul e importações do exterior de máquinas e equipamentos industriais. A iniciativa está dentro do contexto da Política Estadual de Estímulo à Produção de Etanol, instituída em lei sancionada no Estado no ano passado, a partir da qual foi criado o Programa Estadual de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Etanol (Pró-Etanol) . O programa tem como objetivo fomentar a cadeia produtiva e ampliar a produção do biocombustível aproveitando especialmente as culturas de inverno como insumos. Hoje, o Rio Grande do Sul produz menos da 1% da sua demanda. A nova fábrica, de acordo com a projeção da BSBios, deve suprir 23% dessa necessidade a partir de 2027.

O governador destacou a importância do entendimento com a BSBios para avançar na busca pela autossuficiência de etanol e da descarbonização. Prevista para operar em duas fases, com processamento de 750 toneladas/dia de cereais em 2024 e de 1.500 toneladas/dia, em 2027, a usina totaliza um investimento de R$ 556 milhões no período. O projeto é flexível para a produção de etanol anidro (que pode ser adicionado na gasolina) ou hidratado (consumo direto), com capacidade de 111 milhões de litros em sua primeira fase e 220 milhões de litros quando totalmente instalada. A usina será instalada no km 316 da BR 285, em Passo Fundo.

O secretário de Desenvolvimento Econômico, Joel Maraschin, observou que entre as possibilidades articuladas no protocolo de intenções do governo do Estado com a BSBios está a adesão da empresa ao Fundo Operação Empresa do Estado do RS (Fundopem) e ao Programa de Harmonização do Desenvolvimento Industrial do RS (Integrar). O secretário disse ainda que a instalação da usina vai movimentar economicamente a região já que, de acordo com a BSBios, devem ser gerados cerca de 140 novos empregos diretos e aproximadamente 1 mil indiretos.

A fábrica vai oferecer também ao mercado o farelo oriundo da produção do etanol. Obtido imediatamente após o processo fermentativo de produção de etanol, é um importante coproduto do processo de fermentação de grãos, com grande potencial de utilização para produção de rações animais destinadas à cadeia de produção de alimentos. Serão produzidos 155 milhões de toneladas por ano de farelo para a cadeia de proteína animal na segunda fase do projeto.

A cadeia produtiva do trigo, que atualmente vive um momento de valorização histórica no Brasil, ganha mais uma importante oportunidade, com a oferta de trigos exclusivos para produção de etanol. A Biotrigo Genética,será a responsável por fornecer as primeiras cultivares para o novo mercado. Desenvolvidas após sete anos de pesquisas, a genética é ideal para a produção do biocombustível por possuir elevados níveis de amido e alta produtividade.

Segundo o diretor da Biotrigo, André Cunha Rosa, a parceria com a BSBios é um importante marco para a empresa, para a cultura do trigo e para o agronegócio brasileiro. Além disso, é um relevante avanço em sustentabilidade na cultura e no setor. Conforme André, as cultivares de trigo licenciadas à BSBios são resultado de pesquisas desenvolvidas desde 2015 dentro do programa de melhoramento genético da Biotrigo, visando características importantes para a produção de etanol, como também para produção de DDG (sigla em inglês para grãos secos de destilaria), importante aliado da alimentação animal. Esse destacado nível de resistência é importante para facilitar a utilização do DDG na alimentação animal.

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