Emater/RS divulga informações sobre as culturas agricolas em andamento
Na região, destaque para a produção de erva-mate em Nova Alvorada
Foto: Divulgação/Emater
Conforme avança a colheita da soja e as produtividades ficam abaixo da esperada, são realizadas as vistorias de Proagro nas lavouras gaúchas financiadas. De acordo com o Informativo Conjuntural, divulgado pela Emater nesta semana, mais de 80% das lavouras gaúchas já foram colhidas e as vistorias evidenciam áreas com plantas mortas devido à falta de umidade e às temperaturas altas e lavouras apresentando grãos pequenos e chochos. Na cultura da soja, até a metade deste mês já haviam sido realizaDas mais de 8.900 vistorias de Proagro. A totalidade de solicitações em culturas e hortigranjeiros chega a 14.013 vistorias.
ERVA MATE
Na regional de Passo Fundo, a área implantada com esta cultura chega a 1.110 hectares, com uma produção anual estimada em 11.728 toneladas de folha verde. Os principais produtores são os municípios de Nova Alvorada, Machadinho e Capão Bonito do Sul. A produtividade média segue em 900 arrobas por hectare, enquanto que, nos ervais com maior aplicação tecnológica, varia de 1.800 a duas mil arrobas por hectare. As mais recentes chuvas amenizaram as perdas e a erva-mate voltou à situação de normalidade, visto ser resistente a perdas por estiagem, se comparada a outras culturas mais sensíveis.
Os novos plantios ainda não iniciaram em função de o solo não apresentar as condições ideais de umidade. Mesmo com Covid-19, as indústrias ervateiras já operam em níveis próximos à normalidade. As mudas que serão plantadas em 2020 estão em franco desenvolvimento nos viveiros, passando pela fase de rustificação; neste ano, prolongada, em função da estiagem que irá atrasar as operações de plantio e de replantio. O preço médio da erva-mate folha segue em R$ 13,50 a arroba.
PASTAGENS
As últimas chuvas ocorridas em todo Estado, embora não tenham alcançado os volumes ideais, propiciaram alguns rebrotes dos campos nativos e das pastagens cultivadas perenes de verão, melhorando um pouco as condições de pastejo. As pastagens cultivadas anuais de verão estão com seu ciclo produtivo praticamente encerrado e pouco têm a oferecer. Em todas as regiões, aumentaram consideravelmente durante a semana as áreas com implantação de pastagens cultivadas de inverno.
O período de vazio forrageiro outonal, que acontece normalmente todos os anos, será mais prolongado neste ano, em decorrência das adversidades climáticas registradas em todo o Estado. Elas provocaram o encurtamento do ciclo das pastagens de verão e o atraso na implantação e desenvolvimento das pastagens de inverno, ocasionando maior redução na disponibilidade de massa verde e por mais tempo. A condição corporal e a produção leiteira dos animais mantidos predominantemente a pasto estão afetadas por essa situação, exigindo um maior aporte de suplementação alimentar para amenizar os seus efeitos; mas isto implica em um aumento dos custos.
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