Semeadura da soja passa dos 80% no Rio Grande do Sul
Ainda há atraso em relação a anos anteriores
Foto: Reprodução/Canva
A semeadura da soja prosseguiu em um ritmo mais lento que nas duas semanas anteriores, influenciada pela elevada umidade no solo e pela recorrência de chuvas em parte do Estado, especialmente ao Norte. No entanto, mesmo nessas áreas de maior volume acumulado, de acordo com o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater, houve a possibilidade de realizar a semeadura em pequenas janelas temporais. A área já plantada no Rio Grande do Sul evoluiu para cerca de 85%, mas segue em atraso em relação à média dos últimos cinco anos e próxima à semeada no ano passado nessa mesma época.
O desenvolvimento da cultura, em geral, evidenciou melhorias significativas, com emissão mais rápida de folhas e aumento perceptível na área foliar. As lavouras semeadas entre o final de outubro e a primeira quinzena de novembro apresentam boa recuperação no crescimento, contudo, ainda exibem caules finos e folhas basais de tamanho reduzido. No caso das lavouras semeadas a partir de 15 de novembro, observa-se emergência mais uniforme e desenvolvimento inicial das plantas dentro da normalidade, com folhas bem desenvolvidas desde o momento da emergência.
Em termos fitossanitários, os produtores estão fazendo o monitoramento da infestação de ervas daninhas nas lavouras, dada a condição climática favorável para o seu desenvolvimento. O monitoramento de doenças também é constante, concentrado especialmente na ferrugem asiática. As plantas de germinação espontânea, oriundas de grãos perdidos na safra anterior (guaxas), que apresentam sintomas da doença, foram encontradas em várias regiões . Os esporos do fungo estão presentes nos coletores do Programa Monitora Ferrugem desde o início do monitoramento, em outubro. Alguns produtores já estão iniciando os protocolos de aplicação de fungicidas.
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