Trigo mantém boa germinação nas lavouras gaúchas
Área a ser cultivada com trigo na safra de inverno 2023 está estimada em mais de um milhão e meio de hectares
Foto: Divulgação/Emater
Com uma área a ser cultivada na safra de inverno 2023 estimada em mais de um milhão e meio de hectares, a cultura do trigo encontra-se em fase de implantação e atingiu 88% da área projetada. De acordo com o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater, as lavouras continuam apresentando excelente germinação, emergência uniforme e rápido estabelecimento inicial.
Contudo, devido à ocorrência de temperaturas mais elevadas do que o usual para o período, as plantas de trigo seguem em crescimento acelerado, caracterizado por folhas e colmos mais finos, o que tem ocasionado casos pontuais de tombamento de plantas nos locais onde houve sobreposição na semeadura.
Em relação à fitossanidade, é possível observar, em razão das temperaturas mais elevadas, da nebulosidade, de alta umidade relativa e dos longos períodos de orvalho nas folhas, o início da incidência de doenças foliares nas lavouras que se encontram em estágio de perfilhamento, particularmente em áreas onde houve repetição do cultivo de trigo.
A aveia branca, outra cultura de inverno, encontra-se em estágio final de implantação. Foram semeadas 98% das lavouras previstas, e a conclusão total foi adiada em razão das adversidades climáticas relacionadas às chuvas. Entretanto, as lavouras implantadas apresentam desenvolvimento adequado e se encontram nas seguintes fases: 91% em desenvolvimento vegetativo e perfilhamento, 6% estão em floração, e 3% estão em enchimento de grãos.
Na canola, a semeadura foi finalizada e as lavouras estão em diferentes estágios de desenvolvimento. Cerca de 85% das plantações encontram-se em desenvolvimento vegetativo, 12% estão em estágio de floração e 3% estão na etapa de enchimento de grãos. A implantação da cultura da cevada alcançou 95% da área de cultivo projetada para esta safra, que é de 35.899 hectares.
PASTAGENS - As pastagens cultivadas de aveia e azevém estão se desenvolvendo bem e oferecem boa quantidade de forragem, mas o excesso de umidade tem causado a degradação devido ao pisoteio dos animais, especialmente em áreas com solo descoberto. O manejo da adubação também está sendo afetado, já que o solo molhado dificulta a entrada de maquinário. O crescimento das áreas de campo nativo está reduzido, mas ainda há quantidade razoável de forragem.
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