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Chuvas beneficiam lavouras de soja que persistem com expectativa de queda na produtividade

por Ana Lúcia Jacomini

Informação foi apresentada no mais recente Informativo Conjuntural da Emater

Uma pequena parcela, ainda sem expressão estatística, foi colhida
Foto: Divulgação/Emater

A cultura da soja apresenta 42% da área cultivada em floração e 35% em enchimento de grãos. E, na maior parte do Estado, as chuvas registradas em fevereiro ocorreram entre as fases de maior importância para definição da produtividade. No entanto, ainda persiste a expectativa de diminuição de 45% na projeção inicial, devido ao déficit hídrico ocorrido nos meses anteriores. As lavouras em maturação totalizam 3% enquanto 20% ainda está em fase de germinação e desenvolvimento vegetativo. E uma pequena parcela, ainda sem expressão estatística, foi colhida.

Os dados são da Emater e constam no mais recente Informativo Conjuntural, que indica ainda que o porte predominante das lavouras varia de baixo a médio, com fechamento apenas parcial das entrelinhas. Nas cultivares com hábito de crescimento indeterminado percebeu-se aumento no porte, mesmo após o início do período de floração. Após as precipitações, em lavouras de melhor potencial foram realizadas adubações foliares com cálcio, boro e substâncias orgânicas, visando minimizar os efeitos da falta de umidade e temperaturas elevadas e estimular o crescimento e maior fixação de flores.

As lavouras situadas em áreas de solos arenosos, profundidade reduzida ou com topografia mais acidentada, sofreram maior estresse, e apresentam amarelamento e queda de folhas, denotando prejuízos mais expressivos, sobretudo nas cultivares de ciclo precoce que estão em plena fase de enchimento dos grãos e maturação.

A repetição de chuvas em duas semanas subsequentes, em grande parte do Estado, manteve o teor de umidade nos solos e também permitiu a intensificação da semeadura de milho em sucessão às lavouras de fumo ou em safrinha. A colheita avançou para 48% da área cultivada e a expectativa de redução de produtividade no milho gaúcho é de 53%, em relação a inicialmente estimada. Outros 21% da área estão em fase de maturação, 15% em enchimento de grãos, 9% em floração e 7% ainda em enchimento de grãos e desenvolvimento vegetativo.

A área de cultivo do milho silagem no Estado foi 65% colhida e a redução de produtividade é de 56%, em relação a estimativa inicial. Além da redução na quantidade produzida há redução na qualidade do material ensilado, obtido de plantas mais secas, fibrosas e com proporção de grãos abaixo da ideal.

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