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"O suor de milhões de brasileiros e brasileiras não vai evaporar nos versos infelizes de um samba enredo"

por Camila Agostini

ABPA divulga nota referente à polêmico samba enredo de escola de samba do Rio de Janeiro

Foto: Arquivo Alvorada

Entidades do agronegócio reagem ao samba enredo da escola Imperatriz que, segundo os representantes do setor, denigrem a imagem do setor. Com o samba enredo “Xingu, o Clamor da Floresta”, a escola de samba faz uma homenagem ao Parque Nacional do Xingu, mas critica fortemente o desmatamento e questiona a atuação do agro, chamado, na música, de belo monstro. A letra causou revolta entre agricultores, produtores e suas representações. A associação Brasileira de Proteína Animal – ABPA, presidida pelo marauense Francisco Turra, também emitiu nota. Na manifestação da entidade, a diretoria destaca a força do agronegócio na economia do país e o papel fundamental do setor para garantir a sustentabilidade financeira de milhões de famílias. A entidade reforça, ainda, “respeito à cultura popular, mas diz que o suor de milhões de brasileiros e brasileiras não vai evaporar nos versos infelizes de um samba enredo”.

Abaixo, confira a íntegra da nota divulgada pela ABPA:

“O agronegócio é a maior marca da economia brasileira. Com recordes de produção, superávit na balança comercial e primeiro lugar na exportação de diversas culturas, o setor também é responsável por mais de um terço dos empregos do país. Esse desempenho, além de amparar boa parte do país em meio à recessão, tem um papel fundamental para garantir a sustentabilidade financeira de milhões de famílias.

Causa-nos preocupação toda vez que essa importante atividade é colocada em risco ao ser classificada como nociva ao meio ambiente. Foi o que fez a escola de samba Imperatriz Leopoldinense, que associou a agroindústria nacional ao desmatamento e à destruição ambiental em seu novo samba enredo. Além de fazer uma referência depreciativa explícita ao setor na música, a agremiação apresentará, durante o desfile de 2017, uma ala intitulada "os fazendeiros e seus agrotóxicos".

O Brasil tem 61% de seu território preservado — frente a 9,7% da América Central; 7,8% da África; 5,6% da Ásia e apenas 0,3% da Europa. Nossas leis ambientais estão entre as mais rigorosas do mundo, bem como a regulação, a fiscalização e a normatização de agrotóxicos, realizada pelo Ministério da Agricultura. A ampliação de práticas sustentáveis é uma constante nas políticas internas de todos as entidades representativas da área. O próprio consumidor está cada vez mais exigente.

Não há setor da economia que esteja livre de críticas. Infelizmente, ainda existem práticas condenáveis e excessos na agroindústria nacional. Mas avançamos muito nas últimas décadas, com controle e capacitação técnica. Estamos cada vez mais próximos de um horizonte de equilíbrio entre o crescimento econômico e a sustentabilidade ambiental.

Com todo respeito à nossa cultura popular, o suor de milhões de brasileiros e brasileiras não vai evaporar nos versos infelizes de um samba enredo. O agro é a cara de um Brasil que se renova, e é também a esperança de uma nação em recuperação”.

Central de Conteúdo Unidade Tua Rádio Alvorada

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